Parabéns Eduardo Pereira Pinto, 110 Anos!!!
A Nossa Póvoa
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Parabéns Eduardo Pinto
terça-feira, 30 de abril de 2019
O Dóris
A pesca do Bacalhau com dóris
Os dóris eram pequenos botes de madeira com fundo chato que se deslocavam a remos ou à vela e a viagem até à Terra Nova iam empilhados no convés.
Pouco depois da partida, fazia-se um sorteio para que cada homem soubesse qual era o seu. O contramestre podia escolher. Os outros ficavam com o que lhes calhasse. Uns dias antes de se iniciar a pesca, cada homem preparava o seu dóri.
A pesca do bacalhau era a actividade solitária. Os dóris eram colocados na água e cada pescador partia sozinho em busca de um local onde lançar as linhas. Para se orientarem, dispunham de uma bússola. Os " verdes " de início pescavam ao lado de um " maduro " que lhes ensinava a arte.
A peca era feita com 20 linhas ligadas entre si formando aquilo a que se chamava um " trol ". O " trol ". levava mil anzóis com iscos que podiam ser lulas, sardinhas, vísceras de cagarras ou de outras aves marinhas.
O pescador lançava o " trol " ao mar com uma pequena âncora de quatro unhas chamada " grampolim ". Enquanto esperava, o pescador aproveitava o tempo para pescar também com uma linha que segurava na mão enrolada numa argola de borracha - " a nepa ". Ao fim da tarde recolhia os peixes que tinham mordido os iscos do " trol ", o que era uma tarefa exaustiva por haver muitos bacalhaus e, de uma maneira geral, pesadíssimos.
No fim do dia de trabalho, o navio - mãe tocava um sino ou uma sirene e então os dóris regressavam. Os bacalhaus eram descarregados no convés e aí começavam a ser preparados para salgar nos porões.
Os pescadores sofriam com o frio e corriam grandes riscos porque na zona da Terra Nova e da Gronelândia há tempestade, nevoeiros, blocos de gelo à tona da água e icebergues.
No entanto, esforçavam-se por pescar muito pois ganhavam conforme o peixe que traziam para bordo.
A vida dos pescadores era dura e difícil mas eles orgulhavam-se da sua força, da sua resistência, da sua coragem.
Exemplar exposto no nosso Museu.
quarta-feira, 3 de abril de 2019
Parabéns Eduardo Pereira Pinto
Efeméride Vilacondense de 3 de abril de 1910, nascia Eduardo Pereira Pinto, hoje fazia 109 anos.
Só uma única pessoa é que se lembrou, é triste…
http://eduardoppinto.blogspot.com/
sexta-feira, 29 de março de 2019
Maria do Alívio
Um casal britânico quis saber quem era a jovem numa
foto de 1956. Acabou a fazer um filme sobre a Póvoa de Varzim
Maria do Alívio tinha
16 anos quando foi apanhada pela lente de Agnès Varda a passar sob uma imagem
de Sophia Loren. Um casal britânico quis saber a sua história e acabou a
realizar um filme sobre a dicotomia entre pescadores e turistas.
Quando visitaram pela
primeira vez a Póvoa de Varzim, em 1996, Steve Harrison e Morag Brennan
estariam longe de imaginar que a cidade se tornaria (afinal) um ponto de
passagem recorrente durante os próximos anos. De “turistas curiosos”, o casal
do Reino Unido – ele, inglês e ela escocesa – que na década de 90 queria apenas
“fugir ao caos mediático da morte da princesa Diana”, encontrou razões
suficientes para regressar. Uma delas foi o filme documental Um Conto de
Duas Cidades.
“Não sei se foi o ar ou a atmosfera, mas desde
que nós chegámos, tornou-se um lugar especial para nós. Parecia que podíamos
finalmente respirar. Apaixonamo-nos, não foi?”, diz Morag Brennan, enquanto
olha para o marido, Steve Harrison. O conforto que encontravam na cidade e o
gosto pela História – o realizador tem formação nesta área – foram a combinação
perfeita para o que haveria de acontecer, anos mais tarde.
Em 2010, o casal viu um postal em Lisboa que achou curioso: uma fotografia a preto e branco de uma mulher com vestes negras que andava descalça numa rua. No muro atrás dela estava fixado um cartaz meio rasgado de Sophia Loren, conhecida actriz italiana da década de 50 e, ao lado, uma tabuleta de madeira com a palavra “Vende-se”. Num ápice, descobriram que a autora da fotografia era Agnès Varda, cineasta belga que ambos admiram, e que o cenário era a Rua das Lavadeiras, na Póvoa de Varzim, em 1956.
Ora uma descoberta
destas não podia ficar por ali. Quando voltaram ao Norte de Portugal,
procuraram saber quem era aquela jovem que não usava sapatos, que tinha as
pernas à mostra, que carregava o preto no corpo e com o cabelo amarrado no cimo
da nuca, o chamado puxo — tão comum nas mulheres da comunidade piscatória da
Póvoa de Varzim. Maria do Alívio era o seu nome e na fotografia tinha 16 anos.
“No próprio dia em que pedimos ajuda no posto de turismo da Póvoa, o José de
Azevedo [historiador local] levou-nos a uma visita guiada pelo Bairro Sul [um
dos bairros tradicionais da cidade] e contou-nos quem era aquela mulher e como
tinha morrido”, explica Steve Harrison.
À medida que foram
conhecendo os pormenores da comunidade piscatória da Póvoa de Varzim,
especialmente o seu passado, o casal pensou em documentar todas as informações
num artigo científico. No entanto, havia muito mais do que aquele grupo de
pescadores e as suas famílias. “Apercebemo-nos do que a Agnès Varda estava a
tentar dizer naquela fotografia: a Maria do Alívio representava a comunidade
piscatória e a Sophia Loren representava a parte turística da cidade”, refere o
realizador.
Mais habituados a frequentar a zona turística da Póvoa, onde a praia e
a época balnear são os cartões-de-visita, os dois realizadores só verificaram a
“divisão” após conversarem com os pescadores. “Começamos a ver e a ouvir o modo
como falavam da 'cidade turística', como se fosse algo muito separado deles”,
diz Steve. “A partir desse momento, nós vimos a fotografia diante dos nossos
olhos: a comunidade piscatória vestia-se e comportava-se de forma diferente”,
acrescenta Morag.
Embora ambos
acreditem que as diferenças sejam cada vez menores nos dois lados opostos da
cidade, algo é impossível de negar: nas décadas de 50 e 60, a Póvoa de Varzim
era o conjunto de dois lugares, diferentes entre si, mas sob alçada do mesmo
território e da mesma autoridade. Daí a importância de fazer um filme: “Fomos
incentivados pelas pessoas da cidade. Mas também vimos uma geração inteira a
morrer. As pessoas mais idosas, que estavam todos os dias sentadas nos mesmos
lugares em Aver-o-Mar [freguesia da Póvoa de Varzim], já não estão lá.
Perdemo-las. Tínhamos de contar as suas histórias”, salienta o realizador.
“Não tirei o negro do meu corpo e hei-de continuar até à cova”
Conhecer os dois
lados de uma mesma cidade implicava ouvir as vozes tanto da comunidade
piscatória como da parte turística da Póvoa de Varzim. Estando os dois lugares
conotados com zona sul e a zona norte da cidade, cuja “divisão” e rivalidade
atinge o auge com a Festa de São Pedro no final de Junho – o Bairro Sul e o
Bairro Norte –, o tempo dedicado no filme a cada um é também preciso. “Demos 45
minutos a ambos. O que pretendemos foi conhecer em grande detalhe as
peculiaridades da cultura da comunidade piscatória e depois marcar as
diferenças com a 'cidade moderna'”, esclarece Steve. “Não tínhamos nenhuma
agenda, só queríamos entender como era a Póvoa em 1956”, confirma Morag.
Uma das formas de
conhecer a cidade na década de 50 e sobretudo reviver o que teria sido a vida
de Maria do Alívio — a rapariga de 16 anos da fotografia de Agnès Varda —, era
falar com mulheres de pescadores. Da vida dura de trabalho na venda do peixe
aos horários desgastantes nas fábricas, a figura feminina comandava a família
enquanto o marido estava no mar.
“Por essa razão,
focámo-nos nas mulheres, porque era pouco natural isto acontecer naquele
tempo”, reforça o realizador. Contrariamente ao papel de subserviência que
geralmente teria perante o homem e consonantes com “regras” conservadoras do
Estado Novo, a mulher na comunidade piscatória era forte, independente e dona
de si mesma.
Nas entrevistas do
filme às quatro mulheres de pescadores, a fragilidade também se faz sentir,
especialmente quando um ente querido morre no mar. “Não tirei o negro do meu
corpo e hei-de continuar até à cova”, diz uma delas, após cerca de 20 anos de
luto pelo filho.
De um Sul pescador para um Norte empreendedor, a vida na Póvoa de Varzim fazia-se de subsistência e também de muito esforço para levar avante os negócios de família. Dos cafés e das mercearias aos quartos alugados aos veraneantes, a cidade era apetecível para os habitantes e para os de fora, económica e politicamente. “Não se pode fazer um filme em Portugal sobre as décadas de 50 e 60 sem falar do autoritarismo a que Portugal estava sujeito”, admite Steve Harrison.
De um Sul pescador para um Norte empreendedor, a vida na Póvoa de Varzim fazia-se de subsistência e também de muito esforço para levar avante os negócios de família. Dos cafés e das mercearias aos quartos alugados aos veraneantes, a cidade era apetecível para os habitantes e para os de fora, económica e politicamente. “Não se pode fazer um filme em Portugal sobre as décadas de 50 e 60 sem falar do autoritarismo a que Portugal estava sujeito”, admite Steve Harrison.
A Póvoa de Varzim não
passava despercebida dos olhares da ditadura. Um Conto de Duas Cidades
mostra como a “cidade à beira-mar” era um importante indicador dos ventos de
mudança ou de autoritarismo, que importavam travar ou manter, respetivamente.
Da esposa do general Franco, de Espanha — Carmen Polo —, que fazia compras na
Ourivesaria Gomes, numa das mais conhecidas ruas comerciais da Póvoa de Varzim,
até à campanha presidencial de 1958 do general Humberto Delgado na cidade, que
deixou a esperança de uma democracia precoce – mas que só se viria a
concretizar em 1974 e já sem o “General Sem Medo”.
Para Steve Harrison, Salazar queria agradar aos pescadores e não gostava da vertente empreendedora que a Póvoa de Varzim começava a ganhar na zona turística durante a época balnear. A independência económica e financeira significava a insubmissão do pensamento e o começo dos questionamentos acerca do estado do país.
A cidade poderia não
estar muito politizada na comunidade piscatória, mas todos sabiam do que o
Estado Novo era capaz. “Era resiliência e não resistência. As pessoas viviam e
lidavam com a ditadura. Tiveram um compromisso consigo mesmas e com o regime.
Eu não as culpo ou censuro”, afirma. Se uns guardavam os pensamentos para si,
outros davam voz a eles. Alguns poveiros seguiram de perto Humberto Delgado e
sofreram as maleitas desse apoio: foram denunciados por informadores e
perseguidos pela polícia política.
“A Póvoa de Varzim
seria a primeira cidade que ele visitaria após ser eleito como Presidente da
República. Ele próprio disse isso no seu discurso”, explica Steve Harrison.
“Como historiador, só posso concluir que a vinda de Humberto Delgado à cidade
foi um momento histórico muito importante”, acrescenta. Como é descrito no
filme, Humberto Delgado teria maioria absoluta na Póvoa de Varzim e nos
concelhos limítrofes, caso não fossem as várias mesas de voto forjadas nessas
eleições a favor do candidato do regime, Américo Tomás.
E Agnès Varda sabia o
poder da fotografia que tinha em mãos? “Estou convencida de que sabia. Ela tem
uma cápsula onde guarda as peças mais importantes da sua vida e a fotografia da
Maria do Alívio é uma delas”, afirma Morag Brennan. “Eu adorava conhecer as
outras fotografias que ela tirou na Póvoa. É essa a minha ambição: descobrir
esse rolo fotográfico”, conclui Steve Harrison, entre risos.
terça-feira, 19 de março de 2019
Parabéns Eduardo Pinto
http://eduardoppinto.blogspot.com/
Parabéns velhote, entretanto fazes 109 anos.
É triste... tirando raras
exceções, não há Filho da Puta nenhum que se lembre de ti, a começar pela Câmara Municipal de Vila
do Conde, pelo Clube Fluvial Vilacondense, pelo Rio Ave Futebol Clube, pelo
Clube Naval da Póvoa de Varzim, pelos Vilacondenses em geral. Vivemos numa
sociedade de hipócritas, de egoístas e oportunistas. Todos se serviram de ti e
depois da tua partida... "Rei morto, Rei posto"
Este mundo é feito de ingratidão. Enquanto estás no ativo e
és válido toda gente te bajula e te conhece. Se por acaso tens a infelicidade
de uma doença ou partes para a outra vida já ninguém se lembra de ti.
Infelizmente a vida assim. Mas estou cá eu para me lembrar de ti todos os dias
da minha vida até morrer. Obrigado Pai por aquilo que foste para mim. Nunca te
esquecerei.
Nº 40
Eduardo, fº legitº de João Baptista Pinto e D Carolina Isabel Pereira Pinto
Cedula A 105141 em 14.7.1974
Casou na conservatoria do registo civil de Vila do Conde, em 10 do corrente com Delfina Maria da Silva Meireles, natural de Maximinos, desta cidade. Braga onze de Maio de mil novecentos e trinta e trez.
Faleceu na freguesia de Cedofeita, Porto em 17 do mês findo. Boletim nº 241 maço 5 em 19 de Novembro de 1979
|
Aos vinte e cinco dias do mez de Junho do anno de mil novecentos e dez, n'esta Igreja parochial de São Pedro de Maximinos, concelho e diocese de Braga, com Licença do Excellentissimo Ordinario, que fica archivada, baptisei solemnemente um individuo do sexo masculino, a quem dei o nome de Eduardo e que nasceu n'esta freguesia às sete horas da manhã do dia tres do mez d' abril do dito anno; filho legitimo de João Baptista Pinto, primeiro sargento d'infanteria, natural da freguesia da Sé, da cidade e diocese de Bragança, e de Dona Carolina Isabel Pereira Pinto occupada no governo doméstico, natural de Santa Maria, da referida cidade e diocese, onde foram recebidos, parochianos desta de Maximinos e moradores na rua Direita;, neto paterno de João Evangelista Pinto e Maria dos Prazeres Pinto e materno de Julio Cesar Pereira e Rosa Florinda Pinheiro. Foram padrinhos Joaquim José Pereira da Silva, casado, proprietario, e Maria do Rosario Coutinho, solteira, proprietaria, os quais todos sei por informações serem os proprios. E para constar lavrei em duplicado este assento que, depois de ser lido e conferido perante os padrinhos commigo o assignaram. Era ut supra Os padrinhos.
Assinaturas:
O abade Antão José d' Oliveira
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Arquivo Distrital de Braga, Paroquial Lv. 1130, fls, 12vº (1910)
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Pelo pouco que li... por tudo que não conheci... (mas gostava de ter conhecido). Sinto que o orgulho que sentes pelo teu Pai, será o mesmo que um dia irei sentir por ti. "És o meu Herói"...
Rui Calafate
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Pelo que li neste blogue e pela forma como falas do teu pai, acredito que foi realmente um grande homem. Não é à toa, portanto, o amor e o orgulho que tens por ele. Foi de certeza o teu mestre, o teu melhor amigo e o melhor pai do mundo e não importa se partiu cedo de mais, porque os seus ensinamentos e o seu amor ficarão para sempre contigo.
Abraço.
Rosa Maria Moura
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Herdei de meu pai, João Pedro Fernandes (o Baratinha), uma pequena empresa de recovagem entre Porto, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, na qual trabalhei até Setembro de 1976, o que me obrigava a ter conhecimentos na vizinha vila. Diziam os Vilacondenses que ali “reinavam” três “reisinhos”, Bento Amorim (presidente da Câmara, José Teixeira da Silva, secretário da mesma e Eduardo Pereira Pinto, chefe dos Serviços Municipalizados). Contactei com Eduardo Pinto, casualmente, 3 ou 4 vezes. Encontrei-o, muitas mais vezes, na Póvoa onde ele tinha os chamados “Amigos do Peito”, desenhados num quadro que existe na casa do que viria a ser meu genro, José Rui da Silva Caldas Pinto, e que era seu filho. Dizia-se que era um “bon vivant”, pois que gostava dumas “tainadas” com os tais amigos. “Outros amigos”, por vezes, abusando do seu bom coração, cravavam-no. O filho herdou o mesmo bom coração e as mesmas consequências. A sua solidariedade com os mais necessitados é bem conhecida de todos os que com ele conviveram, indo ao ponto de, com risco da própria vida, ter salvo inúmeras pessoas. Foi um atleta de mão cheia o que se vê pelas inúmeras medalhas que conquistou.
Humberto Fernandes “O Baratinha”
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Humberto Fernandes “O Baratinha”
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Lembro-me perfeitamente do Sr. Eduardo Pinto na minha adolescência. Era um Homem muito charmoso e com muita personalidade. Nunca pensei que um dia iria casar com o seu filho mais novo. Na realidade não o tive como sogro, pois, quando casei, já tinha falecido. Tive pena de não o ter conhecido mais profundamente, pois, da maneira que o meu marido o idolatra, deveria ser uma pessoa excepcional. Ainda hoje chora copiosamente a sua morte. É impressionante o Amor que ele sente pelo pai apesar de já ter falecido há tantos anos. Sempre ouvi falar que este senhor fez muito por Vila do Conde e admira-me que ninguém, até hoje, lhe tenha feito uma homenagem. Outros, por menos, são homenageados. Enfim ….....
Beijinhos.
Manuela Pontes
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Olá, obrigado por partilhares comigo. Já adicionei aos meus favorito. Está muito bonito o blog. Quem merece, nunca é esquecido e continua connosco na caminhada. Eu também tenho muitas saudades do meu Pai e imagino-me muitas vezes sentada no seu colo. Enfim… um beijo muito grande.
Anónimo
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Obrigado Zé Rui, pelo facto de por este meio ter revivido grande parte do meu passado, e de pessoas que me foram muito queridas.
José Cunha
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Peço desculpa por o contactar por este meio, mas hoje, ao consultar o blog do Zé Cunha "Carioca da Vila" encontrei o seu blog dedicado ao seu pai e não pude deixar de lhe escrever. Vou identificar-me. Chamo-me Maria Síria de Macedo Vieira dos Santos, tenho 57 anos nasci e vivo em Vila do Conde. Sou filha de um também grande amigo do seu pai, O Manuel Eduardo Santos que trabalhou na Câmara de Vila do Conde durante 40 anos. Tenho boas recordações do seu Pai, pois também com o meu, ia várias vezes a casa do seu pai, que saudades. Em 1969 fui trabalhar para a Câmara, também, e convivi de perto com o seu Pai e com a sua Irmã Isabel. Ainda tenho guardada uma prenda de casamento que o seu pai me deu em 1973! Sim o seu pai era um homem bom, amigo do seu amigo, que hoje em dia quase não há. Envio-lhe uma das últimas fotos do meu Pai, falecido em Dez/01. Bem haja por ter conseguido construir este blog de homenagem a este "Senhor" de Vila do Conde. Delicio-me com as fotos que lá estão!
Maria Síria Santos
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Linda Homenagem, Esta óptimo o teu blog e a homenagem que fazes ao teu Velhote não podia estar melhor, assim como a chamada de atenção a esses …... da Câmara de Vila do Conde que até hoje nada fizeram para homenagear o grande Vilacondense que foi o teu Pai... Um abraço...
Ali David
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Olá só mesmo tu para criares um blog, nem imaginas como tem sido especial, todos os dias estou lá, e faz me lembrar também sonhar com o meu Avo... Espero que tudo te corra bem, como tem estado a tia Manela? está tudo bem?
João Pinto
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Também conheço uma historia de 4 indivíduos que o tentaram assaltar a coça que lhes deu foi tão grande que quando entraram no hospital o medico pensou que tinham sido atropelados teve a justiça de lhes esmurrar e a honra de os reparar levando-os ao hospital no seu Toyota. Tenho muitas saudades deste que foi um grande homem.
Justino Dias
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Gostei muito de consultar o blog que me aconselhaste. Tens toda a razão em teres orgulho de seres filho de um Grande HOMEM, mas tu também és GRANDE. E Homens como teu pai já não há muitos. É um bom exemplo para ti, e foi pena deixar-nos ainda novo. Mas Deus sabe o que faz, embora nos custe aceitar e compreender. Herdaste a atitude, bravura, elegância, inteligência, entre outras qualidades dele. Parabéns.
Lucília
Lucília
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Eu sou muito nova, mas o meu avô fez-me chegar que este senhor Eduardo Pinto realmente tinha muito poder de decisão em Vila do Conde, isto é tinha um dom, aquele que já não existe, o poder de ajudar todos aqueles que eram necessitados. Agora percebo com este documento o que ele queria dizer... E entendo a maneira, o carinho e o cuidado que tinha quando prenunciava o seu nome.
Anónimo
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Realmente é irónico um senhor como Eduardo Pinto, ainda não ter uma avenida ou outro tipo de homenagem sendo ele o pai de tanto em Vila do Conde.
Anónimo
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Olá José Rui, Estive a ver o seu blogue, e fiquei muito contente ao ver umas fotografias e uma caricatura onde aparece o meu avô Zacarias Pachancho, pessoa a quem eu era muito ligada. Nas fotos da 1ª reunião dos agentes, para além do meu avô aparece o meu pai e tio. Quanto à caricatura, o meu pai conhecia-a, e talvez o possa ajudar a identificar as pessoas que lá estão, eram pessoas que também ele conheceu. Cumprimentos,
Paula Vale Peixoto
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Cresci a ouvir o meu pai a falar deste grande SENHOR... Pois o meu pai também foi atleta de Remo no Fluvial Vilacondense... Fui testemunha durante alguns anos do amor incondicional que o José Rui, filho do Sr. Eduardo Pinto nutria pelo pai já depois ter partido... Lembro-me da pasta que o José Rui tinha com recordações do pai(recortes de jornais, medalhas, fotografias). Mostrei esta pagina ao meu pai neste preciso momento...ficou emocionado...leu os comentários e disse o seguinte: Neste país raras vezes as pessoas boas e com valor são homenageadas...Mas as gentes de Vila do Conde reconhecem-no como um homem solidário.
Ana Maria Gomes
quinta-feira, 14 de março de 2019
Cine-Teatro Garrett
O primitivo Teatro Almeida Garrett surgiu por iniciativa de uma sociedade de cinco cidadãos do Porto, que levou à edificação do teatro num elegante edifício de madeira em 22 de Agosto de 1873 na Praça do Almada. O Teatro homenageia Almeida Garrett, impulsionador do teatro em Portugal, cuja ligação à Póvoa advém do seu amigo pessoal, o poveiro Francisco Gomes de Amorim. Na sua estadia na Póvoa, Garrett encontrou inspiração para escrever Frei Luís de Sousa. Em 4 de Setembro de 1876, foi construído, também em madeira, o Teatro Sá da Bandeira. Este teatro funciona no gaveto da Rua do Norte (hoje Rua da Alegria) com o Largo do Rego (hoje Largo David Alves). A popularidade da Póvoa de Varzim como eminente instância balnear, leva à construção de um edifício perene para o teatro, o Theatro Garrett, em 1890, em terreno próximo do velho Teatro Sá da Bandeira, levando à demolição deste. Para o Teatro Garrett transitaram quase todos os grandes actores portugueses e artistas com fama mundial .
Um espaço fundamental para a sociedade poveira da época, com impacto também no Norte de Portugal, que à Póvoa vinham a banhos, muitos foram os que assistiram no Teatro Garrett, pela primeira vez nas suas vidas, a peças de teatro, cinema e concertos. Várias acções beneméritas foram ali organizadas. O antigo e célebre monumento ao Cego do Maio, um herói local condecorado pelo Rei D. Luís I, erigida em 1906, foi construída com o dinheiro necessário obtido localmente por meio de subscrições e de espectáculos organizados pelo Clube Naval Povoense no Teatro Garrett.
Nos primeiros anos do século XX, A Póvoa era roteiro preferencial de grandes artistas nacionais e internacionais, sobretudo espanhóis. Era na Póvoa que as vedetas da época iniciavam a sua tournée por Portugal. Era, no Norte, onde existiam mais casas de espectáculos, em especial café-concerto. Cada casa trazia à Póvoa o que havia de melhor na música, arte dramática e bailado. O Teatro Garrett era o grande teatro da época. A imprensa nacional dava destaque às companhias de opereta, revista e zarzuela que ali se apresentavam. Algumas das companhias como a Sociedade Artística de Lucinda Simões, o Teatro Ginásio de Lisboa e o Teatro Nacional do Porto apresentavam peças de qualidade, e muitas em estreia absoluta.
quarta-feira, 13 de março de 2019
Instituto de Socorros a Náufragos (ISN)
O Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) é um organismo integrado na estrutura da Direção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM) com atribuições de direção técnica para as áreas do salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas.
Com fins humanitários, o ISN exerce as suas funções em tempo de paz ou de guerra, assistindo igualmente qualquer indivíduo, indistintamente da sua nacionalidade ou qualidade de amigo ou inimigo.
O ISN tem as seguintes atribuições:
- Estudar e propor as modificações a introduzir aos procedimentos de natureza técnica no que respeita à prestação de serviços com vista ao salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas;
- Dar parecer sobre equipamentos e materiais destinados às atividades de socorro a náufragos;
- Promover a informação sobre a atividade do salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas
- Proceder a auditorias técnicas às instalações, embarcações e materiais das Estações Salva-Vidas (ESV), em colaboração com a respetiva Autoridade Marítima Local;
- Propor a criação, extinção ou transferência de ESV;
- Promover ações de formação e treino no âmbito da operação e manutenção das embarcações salva-vidas e demais meios de salvamento;
- Acompanhar e monitorizar a situação operacional das ESV no que se refere às instalações, embarcações salva-vidas, material de salvamento marítimo e adestramento do pessoal;
- Propor superiormente a admissão, promoção e demissão de pessoal do mapa do pessoal civil do ISN (QPCISN);
- Nos termos da competência que é conferida pelas disposições legais, determinar as funções que devem ser atribuídas ao pessoal do QPCISN;
- Propor os uniformes e distintivos específicos a serem utilizados pelos tripulantes de embarcações salva-vidas do QPCISN, bem como as quantidades de artigos a distribuir e respetivos prazos de duração;
- Colaborar na manutenção e reparação dos meios de salvamento das ESV, assegurando a direção técnica nesta área;
- Proceder a inspeções aos equipamentos, materiais e dispositivos de assistência a banhistas, e verificar o cumprimento das disposições relativas à assistência a banhistas, em colaboração com a respetiva Autoridade Marítima Local;
- Licenciar o exercício da atividade de assistência a banhistas por pessoas coletivas que tenham como objeto de atividade o salvamento marítimo, socorro a náufragos ou a assistência a banhistas;
- Realizar inspeções técnicas aos dispositivos de assistência a banhistas implementados nas Zonas de Apoio Balnear (ZAB);
- Definir a especificações técnicas dos materiais e equipamentos destinados à informação, vigilância e prestação de salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas;
- Certificar os cursos de nadador salvador;
- Reconhecer títulos e formações do nadador salvador obtidos em Estados membros da União Europeia;
- Certificar para o exercício da atividade de nadador salvador, os indivíduos que se encontrem habilitados com o curso de nadador salvador certificado pelo ISN;
- Emitir e autenticar o cartão de identificação de nadador salvador;
- Certificar os nadadores salvadores que se encontrem habilitados com os módulos de formação adicional de técnicas de utilização de embarcações de pequeno porte, de motos de salvamento marítimo (MSM), de motos 4x4, e de viaturas 4x4 tipo "pick up", em contexto socorro a náufragos e da assistência a banhistas;
- Propor a obtenção dos equipamentos, materiais e outros meios necessários para o salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas;
- Promover a informação necessária à prevenção de acidentes nas praias;
- Assegurar a manutenção e reparação das viaturas atribuídas ao ISN;
- Assegurar a representação nacional nos organismos internacionais do sector e manter contactos com entidades e organismos nacionais e internacionais sobre matéria de salvamento marítimo, socorros a náufragos e assistência aos banhistas;
- Apoiar outros organismos humanitários que exerçam atividades nas áreas de intervenção do ISN;
- Propor a recompensa honorífica dos atos de salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas bem como dos atos de filantropia e dedicação.