quinta-feira, 29 de julho de 2010

Esta sexta-feira (dia 30 de Julho) realiza-se uma CONFERÊNCIA sobre o TEATRO na PÓVOA DE VARZIM, que terá lugar no Arquivo Municipal.


Prof. Humberto Fernandes é o palestrante convidado para esta sessão que terá início às 21h30 e é de entrada livre.

sábado, 24 de julho de 2010


Praça de Touros da Póvoa de Varzim














A Monumental Praça de Touros da Póvoa de Varzim é uma praça de touros na Póvoa de Varzim em Portugal, situada na Avenida Vasco da Gama. A arena é, hoje, um equipamento público gerido pela empresa municipal Varzim Lazer.

A praça tem capacidade para acolher 5.500 espectadores, sendo que enche completamente na sua corrida mais importante, a Grande Corrida TV Norte, que acontece no final de Julho com tauromaquia de tradição portuguesa, transmitida pela RTP. Realiza-se também uma Garraiada (de Garraio - Touro com menos de 3 anos) na qual estes são lidados, sem qualquer espécie de regras no mês de Maio, como parte integrante das festas dos estudantes do Porto - a «Queima das Fitas». Em 2009, são restaurados os espectáculos de cavalos, com a I Grande Gala Equestre.


No século XIX, as corridas de touros e espectáculos de cavalos ocorriam dentro da Fortaleza da Póvoa. Saídas da fortaleza, foram criadas praças de touro improvidas, construídas em madeira, no Campo das Cobras, junto à Rua Santos Minho.

O projecto para uma praça de touros permanente na Póvoa de Varzim surge durante o Estado Novo por influência de Salvação Barreto, forcado reconhecido, que dirigiu o Casino da Póvoa. O projecto de Fevereiro de 1949 é do Arquitecto Alfredo Coelho de Magalhães e a corrida inaugural teve lugar a 19 de Junho de 1949, com o concurso dos cavaleiros tauromáquicos: Simão da Veiga Jr. e Dr. José Rosa Rodrigues. Em 1959, são substituídas as bancadas de madeira por betão pelo Eng. Mário Fernandes da Ponte.

Foi adquirida pela Câmara Municipal em 23 de Maio de 1984, por escritura pública, à Empresa de Recreios da Póvoa de Varzim. A compra incluiu o acervo documental e museológico da Biblioteca Tauromáquica, ali instalada desde 1962.

Em 1994, é fundado o "Clube Taurino Povoense", sedeado na rua dos Pescadores, com o propósito de incentivar a manutenção da Praça de Touros da Póvoa de Varzim.

A visibilidade e importância da Corrida TV Norte para a tauromaquia no Norte do país, por isso considerada uma das mais relevantes corridas nacionais, e a criação de um novo espectáculo, o rodeio brasileiro que no II Rodeo Country Bulls (2004), fazem com que os protestos das associações animais aumentem de tom, os rodeios brasileiros desaparecem. Entre os grupos que ali protestaram, na Corrida TV Norte de 2005, contam-se a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), a maior organização do Mundo em matéria de direitos dos animais, a associação portuguesa Animal e a Advocate for Animals, da Escócia.

Em 2008, um empresário alemão propõe transformar a Praça de Touros num biergarten (espaço de lazer, entretenimento e cultura) semelhante ao que existe em Munique na Alemanha.


domingo, 11 de julho de 2010





















O Largo das Dores é uma praça no centro da cidade da Póvoa de Varzim em Portugal. Classificada pelo município como espaço de interesse patrimonial, é notada por possuir duas igrejas, onde desde tempos ancestrais existiam ermidas, uma das quais foi igreja matriz.

O Largo das Dores é uma placa giratória e de ligação ao interior do município, dado que termina ali a antiga estrada nacional para Barcelos (EN205), pela Rua Família Bonitos de Amorim. Logo, é local de passagem das carreiras de transporte rodoviário com destino a Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães.

O Largo é todo percorrido pelo mesmo parque de estacionamento subterrâneo da Avenida Mouzinho de Albuquerque, e por essa avenida, o largo liga-se à orla costeira. Pela rua de São Pedro liga-se ao Bairro da Matriz.


Vila Varzim romana e medieval

Historicamente, O Largo das Dores foi o Lugar da Mata, localizado na zona de Vila Velha, um lugar pré-Dionísio que se denominava Varzim dos Cavaleiros (Veracim dos Cavaleyros), em Villa Verazim (Varzim). Vila Velha revela elementos de ser habitada desde a época romana. Sendo, por isso, considerada como o núcleo de Villa Euracini. O lugar ficava entre a Póvoa Nova de Varzim, o novo centro urbano criado em 1308, e a Vila Velha, topónimo que aparece já no século XIV. Estes Locais ficavam a poucas centenas de metros do largo.



O templo primitivo e a lenda da Senhora de Varzim

No século XI, existia na parte norte do largo, uma ermida românica de evocação a Santiago - a Ermida da Mata. A freguesia de Santa Maria da Póvoa de Varzim é referida em 1456 num registo de Ordens Menores, até então a paróquia da Póvoa de Varzim estava integrada na de S. Miguel-o-Anjo de Argivai, apesar da existência de ermida própria, provavelmente, já nos anos 1000. A capela torna-se na primitiva Igreja Matriz da Póvoa de Varzim, onde passou a ser venerada Nossa Senhora de Varzim, uma imagem do século XIII, e o templo românico-gótico passou a intitular-se Igreja de Santa Maria de Varzim e sofrido melhorias durante o período filipino.

O Lugar da Mata embora fora do núcleo urbano da Póvoa, era muito movimentado por ser um cruzamento entre vários caminhos, nomeadamente a estrada de Vila do Conde a Esposende, que cruzava ali com os caminhos que vinham da Giesteira e outros arrabaldes.

As tradicionais cerimónias da Semana Santa da Póvoa de Varzim, com fama no noroeste peninsular, surgem em Abril de 1687 na Igreja Matriz, graças a António Cardia, piloto-mor da armada portuguesa, e sua filha.


O Século XVIII faz-se notar pela prosperidade da comunidade piscatória, que terá impacto na Póvoa de Varzim como um todo. A Igreja de Santa Maria de Varzim foi substituída como Matriz pela actual igreja matriz em 1757, por ser pequena e excêntrica ao centro da Póvoa. A Igreja era notada por possuir a figura de uma cobra, destruída no século XVIII para obras de melhoria da igreja. O povo associava este ofídio, tipicamente românico, com a lenda do aparecimento milagroso da imagem de Nossa Senhora de Varzim. Passou a designar-se "Igreja da Misericórdia", devido a uma devota de Vila Velha, Maria Fernandes, viúva de Manuel Francisco Maio, que deixou os seus bens para fundar, na antiga matriz, a Irmandade da Misericórdia em 1756, reunindo a si, a Irmandade dos Passos, que já existia no templo. Surgindo assim a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim. O despovoamento da Vila Velha fez com que, em meados do século XVIII, apenas existissem ali 4 casas e campos cultivados.

O Tenente Francisco Felix Henriques da Veiga Leal, na Noticia da Villa da Povoa de Varzim, feita a 24 de Mayo de 1758 conta:

Logo ao poente do adro da igreja da Misericordia se acha um campo a que o povo chama das passadas, ou pègadinhas: he a tradicção de que n’este lugar, onde em uns penedos se acham gravadas umas profundidades a que chamam passadas ou pégadas apparecera a milagrosissima imagem da Senhora de Varzim (...) Os mareantes tanto d’esta villa, como dos povos circumvisinhos tinham n’ella grande fé (...) Os capitães portuguezes mercantes d’estas visinhanças passando por esta costa a salvam com a artelharia de seus navios. Dizem que em sua apparição a collocaram na capella da Madre de Deus, que estava dentro do povoado, e faltando no outro dia a imagem da Senhora, a acharam no mesmo lugar dos penedos em que apparecera. Consta que no lugar d’esta igreja da Misericordia havia uma capella da freguezia, e dizem que com a invocação de S. Thyago, pouco frequentada por ter ao pé de si uma mata em que se viam muitos bichos venenosos especialmente uma grande cobra(...) observaram que passando d’ahi a poucos dias um nacional para o arrabalde da Villa Velha, em cujo caminho se acha uma fonte, vira este que a grande cobra largara a peçonha sobre uma pedra para ir beber agoa, o qual logo animosamente lhe espalhara o veneno, e cobrindo-o com a mesma pedra, que voltara, se pozera em fugida, e dando parte do successo viera com os outros observar as subsequencias, e viram que a cobra se fazia em pedaços e morrera.


A Igreja foi demolida em 1910 por se encontrar em mau estado de conservação e para prolongamento da Avenida Mouzinho de Albuquerque. Junto à igreja, a construção da nova Igreja da Misericórdia inicia-se um ano antes. Pedras de valor histórico ou artístico, como a porta românico-gótica e pedras sigladas foram salvas e encontram-se expostas no museu municipal.


Do Senhor do Monte à Senhora das Dores

A Igreja da Senhora das Dores, origem toponímica do largo, encontra-se num local ligeiramente elevado onde era venerado anteriormente o Senhor do Monte numa outra antiga ermida. A alteração de evocação ocorreu a partir de 24 de Julho de 1768, quando o arcebispo concede autorização para a colocação da imagem da Senhora das Dores na ermida a um grupo de estudantes de Gramática Latina devotos que estavam a ser ajudados por alguns moradores. A partir daí deu-se o início de uma campanha que visava remodelar a antiga ermida que só terminou no século XIX com as seis capelas.


A Fome de 1811

O Inverno rigoroso e prolongado de 1811, causam a Fome de 1811 entre os pescadores e a epidemia que se lhe seguiu, levando à criação do hospital provisório numa sala dos Paços do Concelho nesse ano. No entanto, tornou-se impossível atender a tão elevado número de enfermos e com a devida qualidade para tratar os doentes, a Câmara pediu e obteve licença para estabelecer um hospital provisório numa sala dos Paços do Concelho. O espaço não conseguia substituir um hospital montado de raiz, e assim a Câmara pede ao rei João VI o estabelecimento definitivo de um hospital na urbe e de examinar terreno para esse fim. O pedido foi bem acolhido e desceu ordem para começarem as obras em 1819, mas só começaram em 1826, volvidos 7 anos, devido ao zelo do benemérito José António Alves Anjo e outros poveiros. Depois de 9 anos de obras, no dia 29 de Junho de 1835 é inaugurado o Hospital da Misericórdia. O hospital ficava anexo à Igreja da Misericórdia, a antiga Igreja de Santa Maria de Varzim, substituindo assim o hospital provisório na Câmara, criado em 1811. O novo hospital tinha 6 enfermarias espaçosas, asseadas e bem ventiladas, tendo-se estabelecido anos mais tarde uma sétima, a de São João, com sala anexa para os que não tinham família ou por necessidade de doença ali tivessem que estar, mandada erigir por João Guimarães, um filantropo natural de Donim em Guimarães.


sexta-feira, 9 de julho de 2010


Teatro Garrett






Segundo Balcão "o piolho"








Teatro Garrett é um teatro localizado na cidade da Póvoa de Varzim, em Portugal. Localiza-se junto ao Largo David Alves no número 13 na que é hoje denominada rua José Malgueira, antiga rua da Senra. Foi o primeiro teatro construído de raiz da Póvoa de Varzim, surgiu em 1873 e foi o que teve maior impacto social e longevidade. O edifício actual data de 1890. Em meados do século XX, com a popularidade dos cinemas, passou a designar-se Cine-Teatro Garrett, se bem que tenha sido sempre conhecido apenas como Garrett.


O Cine-Teatro Garrett é, sem dúvida, uma sala de espectáculos que faz parte da memória de várias gerações, que neste espaço cultural assistiram a cinema, teatro e concertos.
A história do Garrett não difere muito da de tantas outras salas de espectáculo do país - palco de teatro e cinema desde 1890, lugar de encantamento para tanta gente que, em muitos casos, ali assistiu, pela primeira vez, a um filme ou uma peça, chegou ao início do século XXI em avançado estado de degradação e já sem a glória de outros tempos. 
Para o recuperar devidamente, havia vários projectos e a Câmara teve que comprar o edifício para garantir que este não fosse servir para outros fins como bem privado. Mas faltou o indispensável apoio financeiro, que seria concedido ao abrigo do programa de Adaptação e Instalação de Recintos Culturais. A primeira candidatura a este programa data de 1997, mas não viria a ser aprovada, transitando para o ano seguinte. Uma alteração legislativa, em 1998, viria a invalidar de novo a candidatura, mas, entretanto, para garantir o futuro do Garrett, a Câmara decidiu comprá-lo, investindo mais de 170 mil contos.