terça-feira, 26 de outubro de 2010













O Porto da Póvoa de Varzim, na Idade Média denominava-se Porto de Varzim (Porto de Veracim em português arcaico), é um porto abrigado construído na Enseada da Póvoa, na cidade da Póvoa de Varzim em Portugal. Nesta pequena baía o pescador local desenvolveu a Lancha poveira, hoje desaparecida. Os conhecimentos poveiros na construção naval e conhecimento dos mares foram relevantes durante a era dos descobrimentos. O Porto foi outrora uma porta comercial com o Norte da Europa, posteriormente com o império português e um importante porto piscatório, de onde partiam lanchas para a pesca do Bacalhau na Terra Nova.


domingo, 24 de outubro de 2010











A Basílica do Sagrado Coração de Jesus é uma basílica situada na Póvoa de Varzim em Portugal, pela rua Gomes de Amorim, à margem da estrada nacional para Viana do Castelo.

Apesar de localizada no Norte da cidade, o templo faz parte da Paróquia da Matriz. A construção iniciou-se em 1890 e em 1900 é divulgada a planta original do capelão Padre Ferreira, professor de desenho no Colégio do Espírito Santo em Braga. No entanto, os detalhes da frontaria da basílica, em estilo neoclássico, diferem da planta primitiva.

O templo é notado pela cúpula, onde se encontra a imagem do Sagrado Coração de Jesus, uma escultura de Jesus Cristo. A base deste domo é vazada por doze janelas em arco que permitem a entrada da luz, dando leveza à estrutura e oferecendo a ilusão de uma auréola celestial.


terça-feira, 19 de outubro de 2010










A Cultura popular da Póvoa de Varzim é bastante rica, e ela mesmo diversificada, fruto dos diferentes meios de subsistência que a sua população encontrou. A mais carismática, e outrora amplamente dominante, é a comunidade piscatória. Tal como é característico das comunidades piscatórias tem particularidades culturais muito próprias, que chegam a ser bastante diferentes quando comparadas com outras regiões do país, mesmo vizinhas.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Cortejo para o Hopital da Póvoa de Varzim (anos 50). A tocata, o cantador e a cantadeira indicam que os cestos levam a dádiva ao coração.

















sábado, 9 de outubro de 2010







A Praia Redonda, historicamente conhecida como Praia de Banhos, é uma extensa praia marítima na área urbana da Póvoa de Varzim, localizada entre a Enseada da Póvoa (Porto de Pesca da Póvoa de Varzim) e a Praia da Salgueira. A Praia Redonda é uma praia bastante frequentada de areia dourada com pouca penedaria visível.

É uma praia balnear histórica que tornou a Póvoa, em pleno século XIX, na mais turística das praias nortenhas. Ramalho Ortigão, no livro As Praias de Portugal, diz que «a Póvoa é o caravansará dos habitantes do Minho, em uso de banhos ou de ar do mar; que nenhuma outra praia oferece tão variada concorrência».

Em 1844, foi edificada no areal a capela de São José, junto ao porto na antiga rua da Areosa. A rua foi alargada e tornada no Largo do Passeio Alegre e a capela demolida para embelezamento da praça de praia. Tendo sido criada a Igreja de São José na Avenida Mousinho de Albuquerque para a substituir. No entanto, dá-se o processo inverso no final dos anos 30 do século XX são edificados o Diana Bar e o Café Guardassol, até então construído em madeira, passa a ter uma estrutura permanente, causando debate entre a população na altura. Nos anos 70 é edificado o Café Enseada, hoje designado Hit Club. O Passeio Alegre encontra-se hoje quase fechado da praia devido ao conjunto de edíficios.

O areal entre o paredão e o Hit Club denomina-se Praia do Leixão e entre o Hit Club e o Café Guarda-Sol denomina-se Praia do Loulé.



terça-feira, 5 de outubro de 2010




Póvoa de Varzim, 5 de Outubro de 1910



Praça do Marquês de Pombal












A Praça do Marquês de Pombal é uma praça no Centro da cidade da Póvoa de Varzim em Portugal. Na praça funciona o mercado público da Póvoa de Varzim onde se faz o comércio produtos frescos de origem local, nomeadamente do mar e campos agrícolas do município da Póvoa de Varzim.

A praça foi construída entre a antiga Estrada Real e a Rua da Silveira (da qual, hoje resta uma pequena porção que se denomina Rua Rocha Peixoto).

Em 1903, a Praça é uma das passagens dos carros americanos, que vêm da Praça do Almada, que pela Avenida Mouzinho de Albuquerque tem como destino a Rua dos Banhos e o Passeio Alegre.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Rua da Junqueira













A rua da Junqueira, conhecida simplesmente por Junqueira, é uma rua de comércio tradicional no centro da Póvoa de Varzim. É a principal e mais antiga rua comercial da cidade, com variadas lojas e galerias comerciais. Das mais antigas ruas da cidade, encontram-se ali lojas centenárias.

Junqueira também se refere ao lugar em volta desta rua, nome pelo qual sempre foi conhecida antes mesmo da rua existir.

O eixo da Rua da Junqueira é, pela primeira vez, referido em 1694 e denominava-se Rua de São Roque da Junqueira. No entanto, o lugar da Junqueira é mais antigo, foram achados artefactos que datam da época romana sempre que a rua foi remodelada. Considerada parte de Villa Euracini.

O Tenente Francisco da Veiga leal, na Noticia da Villa da Povoa de Varzim, feita a 24 de Mayo de 1758 fala a respeito da rua: No fim desta calçada da parte do mar está um terreiro em que se acha o Pelourinho, e d' aqui principiam a rua da Ponte, que continuando com este nome até o areal da praia dá no meio da sua extensão princípio à rua Nova da Junqueira a qual se communica com as suas ruas d' Areosa e Senra, e por esta com o arrabalde da Vila velha. Em 1762, a rua tinha 49 casas do lado esquerdo e 29 do lado direito; e em 1792 era habitada, na sua maioria, por famílias de pescadores.

O nome da rua provém de juncos, que seriam ali abundantes formando um juncal. Existiam ribeiros na zona, como se verifica com os restos de uma velha ponte entre o Casino e o Grande Hotel no Passeio Alegre, hoje visíveis ao público. Ali chegava o antigo regato da Silveira e o Esteiro que, antes de ser canalizado, alastrar-se-ia pela Praça da República e Junqueira.

No século XVIII, a zona envolvente, nomeadamente a zona em volta da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, a denominada Ribeira, tornou-se o centro de comércio e salga de pescado, onde proliferavam armazéns. Na Rua Nova da Junqueira, pescadores, vendedores, negociantes de peixe e banhistas começaram a imprimir a característica animação desta rua, tornando-a numa das mais importantes da urbe.

No século XIX a rua da Junqueira tinha-se tornado eminentemente comercial, onde todo o tipo de produtos poderiam ser encontrados, passando assim a ser dominada pela burguesia comercial, e vista como a sua sala de visitas para forasteiros. Deste modo, por entre varandas engalanadas, passaram ali a desfilar grande parte das procissões da Póvoa.

Uma rua estreita e tortuosa, em sessão camarária de 30 de Outubro de 1839, foi ponderada a "necessidade de retificar a parte da Rua da Junqueira desde o Largo de Sam Roque até ao principio da Rua das Hortas por ser notório que sendo hua das mais frequentadas desta Villa, se torna intranzitavel depois que chove, pelo lamaçal que ali se forma ficando então reduzida a hua estreita passagem, e comum a gente, bestas, bois, e até liteiras por sima de hua calçada quasi de todo arruinada (…) a Rua ficará com dous passeios hum de cada lado feitos de pedra de cantaria com hua fiada também de cantaria pelo meio…". Em 1856, a rua continuava com problemas semelhantes.

O primeiro projecto de alargamento surge em 1876 e em Fevereiro de 1882, a Câmara resolve proceder ao alargamento com projecto do Arquitecto Manuel Fortunato d'Oliveira Motta. Sem sucesso por causa da oposição de proprietários. Depois de tentativas amigáveis, a câmara recorre aos serviços judiciais contra os proprietários que ainda se opunham. Reformas que irão ter lugar durante a vereação de 1893-1895.

Pela Rua da Junqueira passou o carro americano, desde finais do século XIX à primeira década do século XX, na linha que partia da Praça do Almada até à Praia de Banhos, mudando depois para a Rua Tenente Valadim.

Em reunião camarária de 2 de Julho de 1912, depois da implementação da República, é decidida a alteração do topónimo tradicional de Rua da Junqueira para Rua Cinco de Outubro. Em 1926, é escrito num jornal "desenganem-se os senhores edis de que, enquanto a Póvoa for Póvoa, o Passeio Alegre há-de ser Passeio Alegre e a rua da Junqueira, rua da Junqueira". A designação oficial manter-se-á até Janeiro de 1966.

Dado o seu carácter comercial, a Rua da Junqueira tornou-se pedonal em 1955, logo das mais antigas em Portugal a proibir a circulação automóvel ou outros "veículos de qualquer espécie", por obra do presidente da câmara Major Mota, cuja estátua em bronze de tamanho real está na entrada da Rua da Junqueira pela Praça da Republica, junto à Capela de São Roque e Santiago. A importância comercial e empresarial da rua foi crescendo, de tal forma que hoje são poucas as pessoas que aí vivem.

Na rua da Junqueira viveram eminentes figuras poveiristas: na casa no n.º 3 nasceu Leonardo Coimbra, médico e protector das crianças; no n.º 5 faleceu António dos Santos Graça, etnógrafo e jornalista; no n.º 14, viveu e faleceu o jornalista e historiador Cândido Landolt; e no n.º 1 nasceu Viriato Barbosa, investigador em estudos poveiros.