terça-feira, 30 de abril de 2019

O Dóris

A pesca do Bacalhau com dóris

Os dóris eram pequenos botes de madeira com fundo chato que se deslocavam a remos ou à vela e  a viagem até à Terra Nova iam empilhados no convés.

Pouco depois da partida, fazia-se um sorteio para que cada homem soubesse qual era o seu. O contramestre podia escolher. Os outros ficavam com o que lhes calhasse. Uns dias antes de se iniciar a pesca, cada homem preparava o seu dóri.

A pesca do bacalhau era a actividade solitária. Os dóris eram colocados na água e cada pescador partia sozinho em busca de um local onde lançar as linhas. Para se orientarem, dispunham de uma bússola. Os " verdes " de início pescavam ao lado de um " maduro " que lhes ensinava a arte.

A peca era feita com 20 linhas ligadas entre si formando aquilo a que se chamava um " trol ". O " trol ". levava mil anzóis com iscos que podiam ser lulas, sardinhas, vísceras de cagarras ou de outras aves marinhas.

O pescador lançava o " trol " ao mar com uma pequena âncora de quatro unhas chamada " grampolim ". Enquanto esperava, o pescador aproveitava o tempo para pescar também com uma linha que segurava na mão enrolada numa argola de borracha - " a nepa ". Ao fim da tarde recolhia os peixes que tinham mordido os iscos do " trol ", o que era uma tarefa exaustiva por haver muitos bacalhaus e, de uma maneira geral, pesadíssimos.

No fim do dia de trabalho, o navio - mãe tocava um sino ou uma sirene e então os dóris regressavam. Os bacalhaus eram descarregados no convés e aí começavam a ser preparados para salgar nos porões.

Os pescadores sofriam com o frio e corriam grandes riscos porque na zona da Terra Nova e da Gronelândia há tempestade, nevoeiros, blocos de gelo à tona da água e icebergues.

No entanto, esforçavam-se por pescar muito pois ganhavam conforme o peixe que traziam para bordo.

A vida dos pescadores era dura e difícil mas eles orgulhavam-se da sua força, da sua resistência, da sua coragem.






Exemplar exposto no nosso Museu.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Parabéns Eduardo Pereira Pinto

Efeméride Vilacondense de 3 de abril de 1910, nascia Eduardo Pereira Pinto, hoje fazia 109 anos.

Só uma única pessoa é que se lembrou, é triste…





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