quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


Os nossos Poveiros




Flávio Gonçalves
Brilhante homem das Artes e das Letras, nasceu na Póvoa de Varzim, na casa do farol de Regufe, no dia 12 de Fevereiro de 1929 e faleceu no Porto a 19 de Maio de 1987, com 58 anos de idade. 
Licenciado em Ciência Histórico-Filosóficas, leccionou no ensino secundário e, posteriormente, nas faculdades de Belas Artes e de Letras, do Porto, onde foi professor de História Geral da Arte em Portugal. 
Homem viajado e de vastos horizontes, dedicou a sua vida a estudos bastante diversificados mas tendo a Arte como tema central. A sua obra científica impressa está espalhada por muitas publicações nacionais e estrangeiras, mas também teve tempo para dar espaço à sua alma poética, tendo mesmo editando dois livros: "Arco de Passagem" (1954) e "Mãos de Lis" (1955). 
Para além de toda a sua dedicação à Póvoa há a realçar o inestimável trabalho por ele desenvolvido como director do boletim cultural "Póvoa de Varzim", direcção essa assumida em 1964 e que se manteve até à sua morte. A publicação concebida por Fernando Barbosa e da qual só haviam saído os volumes correspondestes a 1958 e 1959, assumiu-se como o mais importante depositário da história da Póvoa de Varzim e seu concelho.



domingo, 23 de janeiro de 2011











O Farol de Regufe ou Farol de São Brás localiza-se na Póvoa de Varzim em Portugal.

Sabe-se que a sua construção data de 1885-1886, mas não é conhecida a sua origem nem a autoria do projecto. Foi inaugurado, anos depois, em 24 de Março de 1892. É um dos faróis representantes da arte do ferro no Norte do país. A sua torre cilíndrica, pintada a vermelho, ergue-se a vinte e dois metros de altura, apoiada em três escoras de ferro. O desenho do farol é único, mas existem dois tripódes de ferro na Argentina no Cabo San Antonio e Punta Médanos.

O Farol do Regufe servia, com o Farol da Lapa, o enfiamento do varadouro da enseada da Póvoa de Varzim. Em 1917 foi construída uma moradia junto ao farol, onde, em 1929, nasceria o historiador de arte portuguesa Flávio Gonçalves, filho do encarregado do farol.

O farol foi restaurado em 1995. Em Dezembro de 2001 foi desactivado conforme o Aviso aos Navegantes nº 25 de 7 de Dezembro de 2001. Tinha-se tornado no símbolo do Bairro de Regufe nas Rusgas de São Pedro, festas da cidade, assim a população opôs-se a uma intenção superior para o transferir para outro local, por ali já não ser necessário.



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Os nossos Poveiros





Tomé de Sousa
Nasceu em Rates, em data que se desconhece e faleceu em 1573. Figura notável da época dos descobrimentos, participou em expedições militares em África, no combate aos mouros, e comandou a nau "Conceição" da armada do capitão-mor Fernão de Andrade em viagem à Índia. Foi o primeiro governador-geral do Brasil, nomeado em 1548 por D. João II, tendo no ano seguinte chegado à Baía de Todos os Santos com uma comitiva de 1000 homens, entre colonos e degredados, empregados da nova administração que se ia criar, artífices, artilheiros, engenheiros e seis jesuítas dirigidos pelo célebre Manuel da Nóbrega, onde se iniciou a edificação e fortificação da cidade de S. Salvador. Deixou o Brasil em 1553, ficando nele perpetuada a primeira grande obra da colonização portuguesa. 
De regresso foi nomeado vedor da fazenda.



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011



Foto tirada da Avenida Santos Graça - 1976



Avenida Santos Graça - 1976

Fotos tiradas e enviadas por Ali David




sábado, 15 de janeiro de 2011

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Oh, Maldito Abençoado Mar








Quantas vezes te maldigo;

Quantas vezes te abençôo.

Te mal digo pelo quanto tens de traição,

Te abençôo pelo quanto tens de riqueza e bondade.

Sim, abençoado mar.

Foi da tua riqueza que consegui tirar os frutos para meu sustento.

Foi, graças à tua bondade que meus pais me criaram,

E constitui minha família, que são a razão de minha vida e de minha luta.

Sim, maldito mar! maldito mar! Eu te maldigo pelo quanto me fizeste sofrer.

Lembras-te daquela noite de vinte e sete de Fevereiro? Quando calmo e sereno estavas, convidaste a todos para que, com nossos barcos, fossemos buscar o que sempre nos ofereceste, uns peixinhos, que eram um nada da tua grande riqueza; mas quando penetramos em teu seio, tu mar maldito, movido pelo impulso do ódio e da traição, covardemente levaste para tuas entranhas, cento e cinco pobres pescadores, que até hoje os conservas em tuas profundezas, e desgraçadamente deixaste ao abandono esposas sem maridos, filhos sem pais, pais sem filhos, mães velhinhas sem seu único amparo, n'uma das tuas grandes fúrias assassinas.

Hoje, usando as mesmas artimanhas, arrastaste para ti meus companheiros, meu barco, enfim, tudo perdi, só eu me salvei.

Agora, alquebrado e vencido, ainda me restam forças para te dizer:

  • Oh! Abençoado mar que tudo me deste,

  • Oh! maldito mar que tudo me levaste.

Manuel Baltazar do Couto






Os Sargaceiros de Aver-o-Mar

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011




No próximo domingo, 9 de Janeiro, às 11h00, será inaugurado o Centro de Ocupação de Tempos Livres dos Pescadores, em Aver-o-Mar.

A execução desta estrutura tem como principal objectivo a criação de condições que potenciem o convívio entre os pescadores da Vila e a ocupação dos seus tempos livres.

O Centro de Ocupação de Tempos Livres está localizado no remate da rua da marginal de Aver-o-Mar, local que, de resto, é já ponto de encontro para os muitos pescadores, sobretudo os reformados, nos seus momentos de convívio.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


Os nossos Poveiros


Elísio Martins da Nova
Nasceu na Póvoa de Varzim, em 29/08/1896, e foi morto a bordo do caça minas "Augusto de Castilho", ao largo dos Açores em 14/10/1918. 
Radiotelegrafista da Armada que estando embarcado no caça minas "Augusto de Castilho", durante a primeira guerra mundial deu provas de bravura no combate travado em 14 de Outubro de 1918 entre este navio e o submarino alemão V139, morrendo no seu posto (...)". 
Elísio da Nova é para nós um símbolo de coragem e abnegação, cuja origem mergulha na vida dos seus irmãos pescadores, protagonistas da "história trágico marítima dos poveiros".







Monumento no Largo do mesmo nome inaugurado em 1963. Construído por iniciativa do Clube Naval Povoense o seu autor é o Arquitecto poveiro Rui Calafate. Nele foi colocada a efígie do homenageado, em bronze, da autoria do Escultor Lagoa Henriques, oferta do Ministério da Marinha e que figura, igualmente, em todas as estações rádio-navais da marinha portuguesa.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011


Miniaturas de Embarcações









É a vontade de utilizar de forma proveitosa o tempo, que leva alguns homens, por vezes já retirados da azáfama da pesca, a construir réplicas em miniatura das embarcações onde, muitas vezes, foram eles próprios protagonistas de emoções fortes. Aproveitam a sua habilidade manual e conhecimentos de construção naval para continuarem a celebrar a ligação com o mar.