A Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim
INTRODUÇÃO
A fundação das misericórdias não foi uma iniciativa da Igreja, enquanto instituição. No entanto, deve ser sublinhado como as raízes doutrinárias, que estimularam e sustentaram a actuação destas confrarias, foram ditadas e definidas pela doutrina cristã. Por outro lado, a interferência do poder papal também não se detecta por trás da erecção das misericórdias. Estas não comparecem nos Breves e Bulas papais promulgados durante o reinado de D. Manuel I.O lugar primordial nas determinações oriundas de Roma, no campo assistencial, coube ainda aos hospitais, cuja reforma, paralela e autónoma, em relação à fundação das misericórdias, decorria, pelo menos, desde o reinado de D. Afonso V e, principalmente, pela acção de D. João II, como se pode comprovar através de documentação (testamento do rei feito em Alcáçovas em 29 de Setembro de 1495,entre outros).
Ao contrário das misericórdias, confrarias fundadas ex-novo e que dispensaram negociações com a Cúria Romana, pelo menos neste período inicial, a denominada reforma hospitalar requeria autorização papal, na medida em que reunir hospitais (coube a D. Manuel I continuar a reunir pequenas unidades hospitalares em «grandes» hospitais, como foi o caso de Coimbra) implicava interferir com as vontades testamentárias dos defuntos que tinham efectuado legados pios em seu favor, nos quais não se podia bulir sem dispensa do Sumo Pontífice. O monarca até, dado o desafogo material da conjuntura, determinou que 1% de todas as rendas da Coroa obtidas no Continente e no Império revertessem para obras pias (disposição régia de 17 de Outubro de 1516).
Quando se compulsam, com espírito analítico, os diplomas exarados pelo poder central, constata-se, significativamente, como os primeiros que se conhecem dirigidos às misericórdias, de 12 e 13 de Setembro de 1498, um mês após a erecção da de Lisboa, autorizavam membros da Confraria a visitarem presos …e a pedirem esmolas para as ditos. De notar que estes alvarás foram promulgados pela então regente do reino, D. Leonor, irmã de D. Manuel I. De facto, as despesas com presos, mas também com pobres ocuparam uma parte importante dos gastos das confrarias.
(in Portugaliae Monumenta Misericordiarum, vol. 3, Introdução pág. 8 e 9).
As Raízes
A Póvoa de Varzim era uma Póvoa marítima, em que a maioria da população se dedicava ao sector primário, estando por isso muito dependente das condições climatéricas que originavam algumas fomes e consequentes doenças e outras dificuldades no dia a dia das populações.
A Misericórdia da Póvoa de Varzim apareceu para socorrer todos os indigentes, tornou-se na principal instituição de assistência e de caridade da vila. Por má interpretação de um passo do Compromisso da Misericórdia, Costa Goodolphim julgou do tempo de D. Manuel I a fundação desta Misericórdia ao contrário, Veiga Leal na «Notícia da Villa da Póvoa de Varzim, 1758.» afirma que nessa vila e no seu termo não existia Casa de Misericórdia.
A edificação da Misericórdia da Póvoa de Varzim fez-se porque considerava-se «muito pequena» a superfície da então igreja matriz, e «ermo» o lugar onde ela se erguia, pensando-se em demoli-la deixando-se-lhe só «ou a capella mor, como ermida, ou um padrão no adro para memória». Porém alguns devotos lembraram que se poderia instalar, no templo condenado, a sede de «uma santa casa da Misericórdia». Dando corpo à pretensão, o Senado e o Povo da Villa reuniram-se nos Paços da Câmara em 23 de Maio de 1756 e por unanimidade fundaram na Póvoa de Varzim a Confraria da Misericórdia. Em 8 de Junho do mesmo ano, o Senado, a Nobreza e o Povo ratificaram a instituição da Confraria da Misericórdia e desistiram da posse da «Igreja Velha», por não a poderem «concervar»; entregaram o templo, «pera todo o sempre», à referida Confraria, continuando ele a ser Igreja Paroquial, apenas enquanto se não celebrassem actos religiosos na (nova) Matriz que estava prestes a concluir-se (Arquivo da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Livro das Vereações de 1756/1759, maço nº 61, fls 6-10). Um mês depois, aos 2 de Julho de 1756 – dia da Visitação de Nossa Senhora - elegeram-se, ainda na Casa da Câmara, o primeiro Provedor e a primeira Mesa da Irmandade (Livro citado, fol.12).Sobre a jurisdição da Confraria da Misericórdia na Igreja que lhe fora concedida, assinou-se no notário, aos 18 de Julho, uma concordata entre o revº Dr Domingos José Rebelo, cónego da Sé de Braga e reitor da freguezia da Póvoa de Varzim, e o Provedor e Irmãos da Confraria (Arquivo Distrital do Porto - P.V.- 1º, 2ª série, nº 35, 142 a 143 vº). Em 6 de Janeiro de 1757,ao inaugurar-se a nova Matriz, a Misericórdia tomou finalmente posse in solidum da antiga igreja paroquial e respectivo adro.
No seu começo foi difícil a vida financeira da Confraria, porém «considerando a pobresa» dela, as Irmandades que mudaram para a nova Matriz deixaram-lhe «muita parte de seu móvel de toalhas, castiçaes, alampadas, frontaes, e cortinados» (Veiga Leal, loc cit., p.317); o povo, por seu turno, não faltou com as suas esmolas, inclusivé os pescadores (ver Arquivo Distrital do Porto, nota do tabelião Luís Machado de Barros Villas Boas- com banca na Póvoa de Varzim - de 24 de Fevereiro de 1757 em que os mestres de 16 lanchas desta vila, e os membros das suas companhas, resolveram oferecer à Confraria da Misericórdia por ser pobre, o quantitativo dos fretes, que lhes deveria ser pago «na vedoria do dito partido» do Porto pelos carretos ou carregamentos que de novo se fizerão pera a fortaleza de Nossa Senhora da Conceição para gastos das obras, paramentos e outras couzas). E mal se apoderou do edifício da antiga Matriz a Misericórdia levou a cabo «algumas percisas obras» na igreja e na sacristia, para as «reduzir em parte do antigo ao moderno». Em 1758 dava-se «princípio à casa de Mesa e do Despacho (Veiga Leal, loc.cit., pp. 317-318), erguida atrás da capela-mor do templo. A partir de 1826 a Confraria da Misericórdia e a Câmara Municipal levaram a efeito a construção do Hospital, cuja fundação estava autorizada desde 1819.Levantado no prolongamento da igreja da Misericórdia e da Casa da Mesa, e pegado a esta última, o excelente edifício só abriu em 1836, com instalações muito razoáveis para a época. Àquela Igreja, que foi Matriz da Villa entre 1702 e 1757 (e já o era em 1544, segundo afirma Veiga Leal - loc. Cit.,pp. 320,321 e 322 - e embora sem possuir sacrário que estava na sede da freguesia, em Argivai passaram a chamar-lhe, segundo Cândido Landolt, desde as grandes reformas que nela se fizeram em 1685,capela da Mata Igreja Matriz, título que perdeu no dia 6 de Janeiro de 1757, passando a denominar-se Igreja da Misericórdia.
Esta igreja (da Misericórdia), demolida em começos de 1910,ocupava grande parte do espaço que se estende entre a actual igreja da Misericórdia e o Hospital, e onde «consta que havia uma capella da freguezia e dizem que com a invocação de S.Thyago (Veiga Leal - Notícia da Villa da Póvoa de Varzim, 1758 - Resposta 6ª). Segundo Cândido Landolt seria esta capela, edificada no lugar da Mata, o mais antigo padrão do cristianismo dos primeiros habitantes da Póvoa de Varzim, a qual AUMENTARAM mais tarde, em cumprimento de um voto, transformando-a, daí a muitos anos com o fim de servir de Matriz.
São muito vagas as primeiras referências às cristandades peninsulares. Tertuliano, pelos anos 200-206, no seu livro Adversus Iudaeos, afirmava que a conquista cristã se estendera a todos os confins da Hispânia - Hispaniarum omnes termini - ou seja a toda a Península Ibérica. Como chegaram aqui as novas ideias religiosas, não o sabemos. O QUE PRESENTEMENTE SE SABE SOBRE AS FONTES DIRECTAS DO CRISTIANISMO, em Portugal, indica que os primeiros crentes chegaram à Peninsula vindos do Norte de África, e eram possivelmente legionários da VII Legio Gemina ,que tinha o seu principal aquartelamento em Legio (Leon),na actual Galiza (História de Portugal, José Hermano Saraiva,Publicações Alfa 1993 , pág. 36). Em meados do século III aparece-nos a Igreja regularmente constituída e em ligação com a Santa Sé os bispos peninsulares.
A diocese de Braga devia ser a única da Galécia em terras do Portugal de hoje; deste período só se conhece o bispo Paterno, cerca de 400.Com a queda do Império Romano do Ocidente em 476 a Península foi invadida pelos Povos ditos Bárbaros. Todavia as lutas que entre si mantiveram determinaram a eliminação de alguns, ficando apenas três: os Hispano-Romanos, quase todos católicos, os Suevos, que ao noroeste formaram reino independente até 585 e os Visigodos, que conseguiram por fim constituir-se únicos dominadores de toda a Hispânia. Quer no domínio dos Suevos, quer no dos Visigodos, havia uma organização paroquial, minuciosamente regulada pela legislação Conciliar (Pierre David, Etudes historiques sur la Galice et le Portugal du VI au XII siècle, pág. 1-82) Pode entretanto dizer-se, de modo geral, que no princípio do século V quase toda a população hispano-romana era cristã.
O domínio Árabe iniciado entre Abril e Maio de 711,quando Taric, a pedido do conde visigótico Julião, desembarcou na Península e logo se apoderou de Gibraltar, durou até a queda de Granada em 1492.Na época dos Almorávidas fundava-se a Monarquia Portuguesa.
Todavia, pelas consequências que teve, importa saber o que se passou com S.Tiago (de Compostela).
S.Tiago Maior morreu à espada em Jerusalém, na perseguição desencadeada contra os chefes da Igreja por Herodes Agripa, pelo ano 42 (Actos XII, 1-2). A tradição que o liga à evangelização da Península desenvolveu-se em três fases: notícia da pregação, invenção do túmulo e relato da trasladação. A primeira referência ao seu apostolado na Hispânia aparece no século VII no Breviarum Apostolorum, versão latina de uns lendários Catálogos Apostólicos de origem grega . A notícia foi admitida pela primeira vez em Espanha por S. Beato de Liébana, no comentário ao Apocalipse, composto cerca do ano 785.A crença de que o túmulo do Apóstolo se encontrava na Galiza, num lugar da diocese de Iria a que desde meados do século XI se dá o nome de Compostela, estabeleceu-se pelos anos de 825 a 830. Investigações feitas no templo actual revelaram a existência de um monumento funerário hispano-romano, talvez do século IV ou V, mas não se descobriram elementos que permitam qualquer identificação.
A crença local não tardou a desabrochar em fervoroso culto de que já dá notícia uma das últimas recensões do Martirológio de Floro (por 850 a 860). Quanto à trasladação das relíquias do Apóstolo para Compostela, nenhum dos relatos conhecidos parece anterior ao século X, e todos se inspiram na lenda dos Sete Varões Apostólicos.
A crença local não tardou a desabrochar em fervoroso culto de que já dá notícia uma das últimas recensões do Martirológio de Floro (por 850 a 860). Quanto à trasladação das relíquias do Apóstolo para Compostela, nenhum dos relatos conhecidos parece anterior ao século X, e todos se inspiram na lenda dos Sete Varões Apostólicos.
Este fervor religioso foi aproveitado durante a invasão árabe da Península e a consequente reacção dos cristãos, pelos guerreiros leigos e religiosos que antes de entrarem em combate pediam a protecção do Santo gritando: Castela e S. Tiago. Os nossos guerreiros continuaram com a mesma invocação, que mais tarde foi mudada para Portugal e S. Jorge.
Desde o século VIII, a ocupação muçulmana desarticulou a organização eclesiástica e obstou ao natural desenvolvimento do regime paroquial. Nas terras do Norte, onde esse domínio foi breve, subsistiram núcleos de população cristã que mantiveram a continuidade da tradição religiosa. Passadas as lutas da Reconquista, foram essas terras largamente repovoadas e restauraram-se ou fundaram-se numerosos templos nos aglomerados rurais a que se dava a designação de VILA. Pelo ano 1000, diz um cronista, começa a Europa a cobrir-se da « veste branca das igrejas »; aparece o estilo românico. Como todas as igrejas precisavam de ter o seu dote constituído em terras, a iniciativa da construção coube principalmente aos grandes proprietários, eclesiásticos ou leigos, que, destinando embora os edifícios com o seu património a fins religiosos, não deixavam de os considerar propriedade particular, chamando à instituição ecclesia mea própria Esses direitos, transmitiam-se por sucessão e por toda a espécie de contratos, multiplicando-se deste modo o número de proprietários, sem contudo se desmembrarem nem se separarem da igreja própria.
A propósito ensina o Prof. Carlos Alberto F. de Almeida que a palavra villa indica mais uma unidade de povoamento do que, propriamente uma unidade agrária. Por villa Euracini, no século X, deve entender-se um núcleo populacional confinado a determinados limites dentro dos quais se desenvolve variada actividade: a pesca, a salga e a agricultura (Actas do Seminário Arqueológico do Noroeste Peninsular, vol. III, pág. 171,Guimarães,1980).
Convém referir que foi Augusto quem concluiu a conquista romana da Península Ibérica. No fim de 27 a. C., o imperador veio fixar-se em Tarraco, capital da Citerior, para dirigir pessoalmente a campanha contra Cântaros e Ástures, populações que ocupavam as serranias do Norte e Noroeste Peninsular e eram as mais bárbaras e aguerridas da Hispânia (Portugal Romano, Jorge Alarcão, pág. 48). Estabelece-se a PAX ROMANA e pode dizer-se, em simultâneo, nasce no Alto de Martim Vaz a «Villa Euracini» cujos restos estudados por José Fortes em 1903 foram datados do século I da nossa era, e que estender-se-ia para sul e para leste (Boletim Cultural, vol. VII, nº 1,1968,pág. 36). Teria uma população diminuta e admite-se que já no Baixo Império, meados do século IV, e quiçá em tempos sequentes, ela se aglomerasse no sítio da Vila Velha.
Foi rápida a penetração dos Muçulmanos na Península Ibérica. Atacando de sul para norte e, uma vez chegados ao centro de Espanha, abriram o leque em direcção ao Ocidente, apoderando-se do território em que veio a formar-se Portugal. Em 715 a conquista da Península estava terminada, com excepção da faixa Asturiana onde os cristãos aclamaram a realeza de Pelágio, dando início á Reconquista. Com D. Afonso I, o Católico (739-757) esta atinge as terras da Galiza e do Douro, culminando com as conquistas de Astorga e Leão, passando a última a ser a capital do Reino. Dentro do Reino das Astúrias (ou de Leão como passou a ser conhecido depois do século X), as grandes unidades para fins administrativos eram Astúrias propriamente dita, Leão, Galiza e Castela. De tempos a tempos, testamentos régios e discórdias internas tornavam a Galiza «independente». Estes curtos períodos de separação nada significavam. Eram coisa normal na maioria dos estados feudais e geralmente não implicavam quaisquer fins permanentes de autonomia. Nem sequer resultavam de esforços locais visando a independência. No segundo ano de governo, quando de uma entrada em terras do futuro Portugal, foram conquistadas Braga, Porto, Viseu e Chaves, o que significava a expulsão dos Árabes da Galiza, por não poderem resistir á ofensiva cristã e devido à fome dos anos 749-750, que assolou a Espanha mourisca. Mas, D.Afonso I nem sempre dispôs de efectivos para defender certas regiões, pelo que se viu coagido a arrasar castelos e as terras adjacentes, evitando assim um novo ataque dos mouros. Segundo a Crónica Albadense, teria ermado a zona portuguesa ao norte do Douro abrangendo as cidades de Portucale, Anegia, Braga e Chaves e ainda Viseu e, fez desterrar os cristãos para a zona despovoada em volta de Astorga e outros centros mais próximos do Cantábrico. A Reconquista não prosseguiu nos anos imediatos Apenas no reinado de Ramiro I (842-850) o combate tomou um acento providencial, estendendo-se à Navarra sob a invocação de Sant’Iago. No que respeita ao território português crê-se que a terra de Entre Douro e Minho ficou ermada ao longo de quase um século e apenas no reinado de Afonso III, o Casto, foram restauradas as terras entre o Minho e o Mondego Mas para o território de Entre Douro e Minho parece mais correcto dizer-se « semi-ermamento, pois houve formas isoladas de vida comunitária, política e religiosa, que subsistiram quando da restauração dessas terras. Pelos fins do século IX a região deixara de ser considerada fronteira. Era o caso das áreas a sul do Douro onde as hostes cristãs se afadigavam na conquista de cidades importantes como Coimbra, Viseu ,Lamego, etc..O optimismo cristão revelou-se prematuro porque ataques esporádicos dos Mouros ,foram seguidos por uma campanha sistemática nos fins do século X. O famoso Al-Mansur voltou a colocar a fronteira no Douro, cometendo as maiores depredações contra o território que vai de Portugal à foz do rio Ave e também devastou toda a Galiza com os seus ataques vitoriosos. Os cristãos precisaram de setenta anos mais para tornarem ao Mondego.
Entretanto, nos finais do século IX, o território para sul do rio Lima e para norte do Douro, achando-se já suficientemente reorganizado e julgando-se importante de mais para se manter unificado com o resto da Galiza, foi destacado dela e entregue a um novo governador com o título de dux. A nova unidade política tinha por sede Portucale, uma das primeiras cidades a ser repovoada e acaso a maior de todas, à época. Um grave perigo ocorreu então para a sua sobrevivência. Vindos da Galiza, onde a região de Tui sofrera terrível destruição, os Normandos atacaram a zona terminal do Douro em Julho de 1015. Durante nove meses os campos situados entre o Douro e o Ave foram destruídos. Não era a primeira vez, nem seria a última, que a terra portucalense suportaria tamanha ameaça. Porém o poder militar de Leão não estava em condições de evitar esses ataques de surpresa. Desta forma, eram os próprios habitantes da região de Portucale que tinham de assegurar a vigilância marítima o que robusteceu O SENFIDO DE AUTONOMIA que começava a germinar.
Mas impunha-se fortalecer a fronteira da linha do Mondego. A tomada de Coimbra em 1064, depois de um longo cerco de seis meses entregava, ao então monarca leonês Fernando Magno, o domínio do vale do Mondego, afastando para sul a ameaça sarracena. Consumava-se, após três séculos de lutas, a ocupação definitiva do território onde, em breve iria nascer o Condado Portucalense, o embrião de PORTUGAL. Firmada que foi a fronteira sul da Galiza, com esta conquista, FOI AFASTADA DEFINITIVAMENTE A AMEAÇA DAS INCURSÕES ÁRABES. Poder-se-á, agora estimar a data de construção do templo romano-gótico implantado no território da Villa Veracini . (veja-se o mapa anexo, inserido entre as pág. 28 e 29, em A Póvoa Antiga, Dois estudos sobre a Póvoa de Varzim, séc. X-XVI, por M. Amorim, 1985,e sobre o qual, mais tarde, foi construída a Capela de Varzim (século XV).
- Afirmou-se atrás (ver pág.) que, passadas as lutas da Reconquista, «se edificaram numerosos templos por iniciativa e a expensas dos grandes proprietários, ou tendo dotes constituídos por terras, e que estes não deixavam de os considerar ecclesia mea própria».
- Repovoados os territórios do sul do reino da Galiza, particularmente os situados entre Douro e Lima, onde se situa a Póvoa de Varzim (veja-se o mapa anexo dos territórios portugueses pelos anos de 1060-1080) e assegurada a sua fronteira sul, bem como eliminada a ameaça sarracena ao corredor marítimo do Norte de Portugal, foi possível garantir a paz aos seus núcleos populacionais a partir de 1064.
- A população da Villa Euracini, cuja existência aparece documentada em 953 numa carta de venda feita ao cenóbio de Guimarães, seria diminuta e admite-se que já no Baixo Império e em tempos sequentes, ela se aglomerasse no sítio da Vila Velha. As algaradas sarracenas e as incursões da pirataria normanda devem ter trazido estas populações marítimas em alvoroço que as obrigassem a refugiar para o interior, em Argivai, onde a prudência aconselhou a construção da Igreja Paroquial (veja-se a narrativa da História Compostelana)
- São raríssimos os vestígios de templos dessa época em território, que viria a ser português (História Eclesiástica de Portugal, pág.61) .A igreja românica de Cedofeita-Porto é anterior a 1120. Possivelmente, o templo poveiro teria o mesmo aspecto e dimensões, dados os motivos que levaram D. Dinis, como adiante se verá, a outorgar foral a 54 moradores do seu reguengo de Varazim de Jusão.
- A influência de S. Tiago sempre foi intensa no nosso País, particularmente na Idade Média e, não se devem desprezar as lendas que floriram ao redor do túmulo, pois ajudaram a formar a mística da Reconquista. Não é de estranhar pois tal invocação.
Assim, não é de admirar que a primitiva capela utilizada pelos habitantes do lugar da Vila Velha fosse uma edificação arcaizante de um período avançado da centúria de duzentos (Flávio Gonçalves, Um templo desaparecido - Boletim Cultural vol. III,nº2-1964).
E não seria também de admirar que esta capela fôsse mandada edificar por alguns dos grandes proprietários do Varazim dos Militares (cavaleiros) ou de Susão porquanto, quando os oficiais régios mandados por D. Dinis «devassar» o Além Douro chegaram aqui, encontraram o reguengo denominado de Varazim de Jusão ou de baixo, em grande abandono, porque os casais que se dedicavam à agricultura e à pesca, evitavam fixar-se à terra porque não havia nela segurança, nem por parte dos mordomos do Rei que praticavam muitas «malfeitorias»,nem por parte dos Senhorios do Varazim de Cima ou de Susão que se intrometiam na fiscalidade do porto. O reguengo era do Senhor Rei mas não o reconheciam, totalmente, os descendentes directos ou indirectos de Lourenço Fernandes da Cunha.
Posta a questão ao rei resolveu êste dar um estatuto novo - foral - em 9 de Março de 1308 da nossa era, a 54 «vezinhos» do seu reguengo e a outros futuros, para que eles fizessem aí «hua pobra».TINHA NASCIDO A PÓBOA NOVA DE VARAZIM.
Esta doação era onerosa e pesada (duzentas e cincoenta libras…ás terças do ano), mas não descabida, pois que os inquiridores do Rei bem sabiam quanto era negado ao dito pelo, tráfego marítimo. Além disso estabelecia-se a pesada coima de 6000 soldos para quem fizesse mal ou violência aos moradores do reguengo.
Resta saber até quando serviu a capela romano - gótica, cujos restos arquitectónicos se encontraram ao demolir-se a antiga igreja da Misericórdia em 1910:
- Da época do gótico, e talvez do século XIII, data uma imagem de madeira - da Virgem com o Menino -, que esteve na capela de origem medieval (actualmente guardada, por iniciativa de A. Santos Graça, no Museu Municipal de Etnografia e História).Esta imagem era venerada, desde época imprecisa, sob a invocação de NOSSA SENHORA DE VARZIM, que os homens bons escolheram para PADROEIRA quando se estabeleceu, na vetusta capela, a vigararia da Póvoa, o que pode ter acontecido nos alvores de quinhentos. Passou depois a ser a padroeira da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, instituída no mesmo templo antes de 1678;
- Se vier a confirmar-se que S. Tiago tutelou, antes do século XVII, esta capela, tudo le vará a crer que a restauração ou início da devoção a Nossa Senhora de Varzim vem dos finais do século XVI ou no decorrer do século seguinte – época em que em Portugal largamente se difundiram lendas sobre o aparecimento milagroso de imagens da Virgem (muitas delas imagens antigas, de há muito abandonadas ou guardadas) que logo passaram a ser objecto de devoção fervorosa (Cf. Os volumes do Santuário Mariano, de Fr. Agostinho de Santa Maria, Lisboa,1707-1723). Fortalece, de certo modo, tal hipótese o facto de possuirmos uma escultura de S. Tiago Maior, do século XV, que com toda a probabilidade estava na capela medieval de Varzim.
- No Museu Municipal acha-se ainda outra escultura do século XV que seguramente pertenceu a esta capela medieval. Representa S. Pedro Gonçalves Telmo
- A capela da Vila Velha sofreu importantes reformas, provavelmente na primeira metade do século XVI. Segundo a «Notícia», de Veiga Leal, sobre a porta travessa da parte sul da antiga igreja da Misericórdia existia, no século XVIII, coberta com reboco de cal, uma inscrição da primitiva capela, que dizia: esta capella mandou concertar André Martins - seguindo-se a data, da qual só se lia mil e quinhentos, porque « o mais estava gasto dos tempos».A dar-se fé aos genealogistas, escreveu Felgueiras Gaio que aquele André Martins «fez (?) a Igreja paroquial da Póvoa à sua custa quando se desmembrou de Urgivai», e a ampliação da ermida seguir-se – ia nos tempos imediatos. Certo é que, em 1558, se encontrava com sinais evidentes de ruína, tendo a Câmara fintado o povo da vila para a «concertar e retelhar».
- Não existiam ainda na Póvoa do século XVI, os ofícios de escrivão da Câmara e de tabelião do público, pelo que o município recorria aos oficiais provisionados de Vila do Conde. Por Acórdão de 7 de Maio de 1695, e «tendo esta Vila duzentos fogos pouco mais ou menos», foi eleito para servir os ditos ofícios de escrivão da câmara, almotacaria e judicial e órfãos, Agostinho Rodrigues morador casado nesta vila.
Destes 5 itens poderão extrair-se as datas, aproximadas, da edificação e demolição, quer da capela medieval sita no Varazim de Susão, quer da antiga igreja da Misericórdia construída em substituição daquela:
1 - A capela medieval deverá ter sido construída pelos séculos XIII/XIV;
2 - Sofreu importantes obras de ampliação e restauro, através dos tempos, ,principalmente, por ocasião da independência religiosa da vila, por volta da primeira metade do século XVI, impunha-o o tempo novo que se abria á comunidade;
3 - A referência mais antiga à população da Póvoa encontra-se no Cadastro de Entre Douro e Minho, de 1527, onde se lê « item mais tem o llogua da Povoa de Varzym jumto a (Vila do Conde) e que tem civell e crime moradores juntos,107». Com este número de fogos, a população da vila não atingiria os 500 habitantes;
4 - Nos finais do século XVII (1695) a população já rondaria os 200 fogos
Assim, não será descabido dizer-se que o estabelecimento da Vigararia da Póvoa, provocou a ampliação da velha ermida ou a construção de uma nova, com o aproveitamento de materiais da antiga, dado que, como atrás se refere, houve necessidade de se proceder a obras urgentes em 1558. Daí que a capela da Mata terá sido reconstruída ou construída de novo, nos finais do século XVII.
A BENEMÉRITA MARIA FERNANDES
O capitão de navios António Cardia e sua filha Mónica Cardia de Macedo, no famoso testamento comum que ditaram na Póvoa de Varzim aos 16 de Abril de 1678, acrescentado de um codicilo de 24 de Abril de 1679, deixaram à Confraria do Santíssimo Sacramento da vila, entre outros bens, numerosos foros com a obrigação de todos os anos aquela Irmandade realizar as cerimónias da Semana Santa. Esta Confraria instalada na capela da Madre de Deus, onde havia sido fundada em 1622, reconheceu que devido ás pequenas dimensões daquele templo, lhe seria impossível dar cumprimento à referida obrigação. Então, e de acordo com o pároco Francisco Nogueira, resolveram que se fizessem grandes obras na humilde Igreja Matriz, na vizinhança da Vila Velha, de modo a transformá-la num templo de razoável tamanho.
A obra, executada depois de 1680, parece ter começado pela nave, mas em1685, ano da construção da abside, já se encontravam concluídos os principais trabalhos arquitectónicos. Na verdade ao demolir-se a igreja em 1910, acharam-se com data de 1685,o fecho de um arco de alvenaria – arco de capela ou de altar -.
Na edificação do “novo” templo aproveitaram-se materiais da antiga capela romano-gótica: parte da parede do lado norte, a pia baptismal quinhentista, a lápide do pórtico sul, etc.
Apesar de tudo, é verdade é que a igreja matriz poveira tinha contra si, já na primeira metade do século XVIII, um factor de monta: situava-se fora do bairro mais central e mais populoso da vila, estava sujeita « a ser invadida de ladrões », e novos arruamentos se desenvolviam na zona da Junqueira e para sul, junto ao areal, pelo que cada vez se tornou mais custoso o seu acesso. Ao mesmo tempo, mostrava-se cada vez mais acanhada em relação ao crescimento da população, motivo que levou a encarar-se a construção de um novo templo. Porém alguns devotos lembraram que se podia instalar, no templo condenado, uma Santa Casa da Misericórdia.
«O parecer, segundo o tenente Veiga Leal, coevo dos acontecimentos «chegou aos ouvidos d’uma zelosa viúva lavradora chamada Maria Fernandes do arrabalde da Villa Velha, crescida em annos ,e sem descendentes, a qual quiz ser a primeira que lograsse o título de dotadora da Misericórdia. Cooperou muito para este santo intento o conselho de quem lhe escreveu o testamento, que ella dispôz fazer, logo que na erecção da misericórdia se entrou a fallar: ainda que se faz digno de ponderação dizer esta devota mulher a um sacerdote verdadeiro d’esta villa, que sendo vivo seu marido o lavrador Manoel Francisco Mayo fallaram ambos em se demolir a igreja antiga pela factura nova, e em poderem fazer àquela um património para sua conservação, visto não terem filhos; mas que isto ficara só na ideia pela subsequente morte do dito seu marido 15/04/1753 (Arquivo Distrital do Porto -Freguesia de Nª Sª da Conceição, Póvoa de Varzim, Livro de óbitos nº 2 -1746/1777); e daqui se infere que alguns annos antes estava esta mulher iluminada do Ceo para esta piíssima obra, com esta ou aquella determinação». Dando corpo à pretensão, o Senado e o Povo da villa reuniram-se nos Paços da Câmara em 23 de Maio de 1756 e por unanimidade fundaram na Póvoa de Varzim a Confraria da Misericórdia. A viúva Maria Fernandes, estando doente de cama por causa de «hum romatismo», chamou a sua casa o tabelião Joze Machado de Barros Villas Boas e fez em testamento cerrado, em 30 de Maio de 1756, conforme nota a fls 106-108, uma apreciável doação para sustento da Santa Casa. Neste documento, ela diz…« e como todos os bens que pesuo são adquiridos,e não hereditários;por isso declaro, nomeio, einstituo nas duas partes de meus bens que por meu falecimento se achar por meus únicos e universaes herdeiros:
- a prima Domingas, filha de Mateus da Caramuja de Aver-o Mar;
- Custódia, filha de Matias, mestre ferreiro de Aver-o-Mar;
- Manoel, o Cacheiro,que mora perto da capela da Sª das Neves;
- o sobrinho Manoel André;
- a sobrinha Maria Maya ,mulher de Vicente Gonçalves da Costa , de Aguçadoura, freguesia de Navais;
- a sobrinha Maria ,mulher de Custódio Martins Galante, de Aver-o Mar.
que por todos serem meos parentes dentro do quarto grau; excepto do meu terço d’alma; porque dese deixo einstituo por minha universal herdeira a Sancta Caza da Misericórdia desta Villa.
Maria Fernandes, era filha de António Fernandes e de sua mulher Maria Francisca, do lugar de Velomar – Amorim, e foi baptisada por mim o padre Pedro Rodrigues, cura desta Igreja de S.Tiago de Amorim, aos dezoito dias do mês de Janeiro do anno de mil seis centos e oitenta e dois annos. Foram padrinhos Manoel……….(Arquivo Distrital do Porto, freguesia de Amorim - S,Tiago – Póvoa de Varzim, Livro de Baptismos nº1,pag. 27).Casou aos 13 de Fevereiro de 1724 com Manoel Francisco Mayo (Arquivo Distrital do Porto M nº4 pag 187/210 bobine 408 do Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim) nascido aos 31 de Março de 1697,da Aldea da Villavelha, freguezia de Nossa Senhora de Varzim da Póvoa. (Arquivo Distrital do Porto, freguesia de Nª Sª da Conceição da Póvoa de Varzim, Livro de Baptismos nº1, fls 27/vº) O casamento foi dissolvido por óbito do marido ocorrido aos 15 de Abril de 1753.(Arquivo Distrital do Porto, freguesia de Nª Sª da Conceição, Póvoa de Varzim, livro de óbitos nº2 de 1746 a 1777). Era filho de José Gonçalves e de Maria Francisca Maya (Arquivo Distrital do Porto – Livro nº 30 do Tabelião do 1º Cartório ,pag. 49/49vº - freguesia de Nª Sª da Conceição, Póvoa de Varzim)
Maria Fernandes faleceu aos sinco dias de Novembro de 1769,com 87 anos de idade. O seu corpo foi depositado na Igreja da Misericórdia no dia 6,e sepultado no dia 7,na mesma Igreja no mesmo lugar, o nº 31, em que fora inumado o marido.
(Arquivo de Identificação do Porto, freguesia de Nª Sª da Conceição da Póvoa de Varzim, livro de óbitos nº 2 de 10/10/1746 a 19/12/1777).
Aos vinte e sinco dias do mês de Fevereiro de mil seis centos oitenta hum e na presensa de mim o Pº Domingos da Costa encomendado desta igreja ,e das testemunhas Manoel Pires e Domingos Franº e Domingos Rodrigues da Aldea de Mourilhe se casaram por palavras de presente ANTÓNIO FERNANDES Filho de Manoel Pires e de sua m.er Maria Gonçalves da fgª do Salvador de Navais e Mª FRANCISCA filha de Domingos Fran.co ia defunto e de sua mulher Francisca Rodrigues da Aldea de Mourilhe desta freguesia e por verdade fez este termo que asinei
Sua Santidade o Papa Bento XVI, em Fevereiro de 2007, no decorrer da recepção à Confederação das Misericórdias de Itália, explicita que só a actividade religiosa das mesmas de pende da Igreja. Todas as demais actividades SÃO INDEPENDENTES.
Nota: A libra era uma moeda de conta usada em Portugal, desde meados do século XIII e nos séculos XIV e XV.A Libra tinha 12 soldos e o soldo 12 dinheiros ( moeda real ).Assim, as 250 libras que os moradores de Varazim tinham de pagar ao Rei, equivaliam a 36000 dinheiros
Relação dos Irmãos Benfeitores e Honorários desde 5 de Janeiro de 1998.
1998
Acta de 12 de Fevereiro
É marcada para o dia 14 a entrega de Diploma de Irmão Honorário ao sr David da Silva Adães
Acta de 5 de Março
Por proposta da vice-provedora Dra Zulmira Linhares,foi aprovada por todos os presentes a nomeação da empresa J. Baptista de Lima,Herdeiros para Irmã Honorária
Acta de 12 de Março
Por propostas do sr Provedor,aprovadas por unanimidade,é atribuida a distinção de Benfeitor à Companhia de Administração Militar,aquartelada nesta cidade,ao sr Joaquim Nunes Cocelo e a título póstumo a D.Maria Emília dos Santos Carvalho e D.Ana Edviges Nunes Cocelo
Acta de 26 de Março
É deliberado fazer-se a entrega dos Diplomas de Benfeitores ao sr Dr José Campos Costa e esposa D.Ilidia Amália Nascimento Carvalho Campos Costa e de Irmão Honorário à em
Acta de 2 de Abril
Por proposta do sr Provedor, é aprovada por unanimidade a nomeação do sr Manuel Gomes Moreira para Irmão Honorário
Acta de 8 de Abril
Por proposta do sr Provedor,aprovada por unanimidade,é nomeado Irmão Honorário o sr Virgílio Tomás Bicho,mestre do barco Virgílio Miguel
Acta de 14 de Maio
O sr Provedor propôs para Irmão Honorário o professor doutor Pedro Pinho Costa,Director do Centro de Estudos da Paramiloidose do Hospital de S.António.Oque foi aprovado por unanimidade.
1999
2000
2001
Acta de 10 de Maio
O sr Provedor, justificando caso a caso, propôs e foi aprovado por unanimidade, que fossem atribuídos os seguintes títulos
Irmãos Honorários
Enfermeiro Carlos Alberto Figueiras da Silva
Doutor António Morais
Gil da Costa
Rui Avelino da Costa Faria
Maria Glória Carrão
Mário Corino Andrade
Maria Paula R. Amaral Coutinho
Pedro Pinho e Costa
Paulo Pinho e Costa
Teresa Coelho
Luísa Lobato
Falcão de Freitas
Maria João Saraiva
Jorge Sequeiro
Linhares Furtado
Mário Caetano Pereira
João Pena
Araújo Teixeira
Costa Maia
Rui Seca
Ana Maria Galvão Silva
Maria João Águiar
José Fernando Teixeira
Francisco dos Santos Afonso Figueira
Maria Aldina Lopes de Oliveira Rocha
e as seguintes Instituições
Associação Portuguesa de Paramiloidose na pessoa do enfº Carlos Figueira
Centro de Saúde da Póvoa de Varzim na pessoa do dr Carlos Vaz
Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim na pessoa do sr Daniel Bernardo
Acta de 7 de Junho
O sr Provedor propôs e foi unanimemente aprovado que fosse atribuído o Diploma de Irmão Honorário ao Hospital Curry Cabral,ao seu Presidente do Conselho Administrativo e ao seu Director Clínico
Acta de 17 de Outubro
Foi presente uma proposta, que mereceu aprovação unânime, de nomeação da falecida D. Maria Cesarina de Sousa e de D, Maria Ernestina do Patrocínio Sousa Oliveira, como Irmãs Beneméritas
2002
Acta de 9 de Janeiro
Por proposta do sr Provedor é nomeada, por unanimidade, como Irmã Honorária desta Santa Casa, a Companhia de Jesus
Acta de 15 de Maio
A Mesa aprova por unanimidade que seja atribuída a Medalha de Prata e a Medalha de Bronze desta Instituição, respectivamente aos srs dr Manuel Augusto Lopes de Lemos e dr José Loureiro dos Santos
Acta de 30 de Outubro
É aprovada, por unanimidade, a nomeação do sr Manuel Ferreira Lopes para Irmão Honorário desta Santa Casa
2003
Acta de 21 de Agosto
São atribuídos os títulos de Irmão Honorário aos srs drs Sérgio Costa Araújo e António Joaquim Reis Miranda
Acta de 2 de Dezembro
É comunicada à Fundação Belmiro de Azevedo a concessão do título de Irmão Benemérito. É, também, concedido o mesmo título ao sr engº Arlindo de Azevedo Maia
2004
Acta de 4 de Fevereiro
É proposta e aprovada por unanimidade a atribuição da Medalha de Ouro ao sr Ministro da Saúde dr Luís Filipe Pereira
Acta de 21 de Setembro
Por proposta do mesário sr Mário Leite foi deliberado atribuir à zeladora do altar de Nossa Senhora das Dores,D. Rosalina José da Silva, o título de Irmã Honorária
Acta de 19 de Outubro
Foi deliberado ,por unanimidade, atribuir o titulo de Irmão Benfeitor, ás sras D.Rosalina José da Silva, D.Rosa Dourado Ramos e ao sr Manuel Francisco Nunes. Estas deliberações e a do dr Manuel Giesteira deverão ser presentes na próxima Assembleia Geral
2005
Acta de 14 de Janeiro
Por proposta do sr Provedor é atribuído,por unanimidade, o título de Irmão Honorário ao sr Geraldo de Jesus Alves
Acta de 20 de Janeiro
O sr Provedor propôs que fosse concedido o título de IRMÃ benfeitora a D.Maria da Graça de Almeida Vieira Trocado
Acta de 3 de Fevereiro
O sr Provedor propõe que seja concedida a Medalha de Ouro ao dr Luís Rainha ,o que foi aprovado por unanimidade
Acta de 27 de Outubro
O sr Provedor propôs que se elaborasse a lista dos Irmãos Beneméritos cuja nomeação ainda não foi aprovada em Assembleia Geral, incluindo os srs Bernardino Vieira e dr Manuel Giesteira e as sras D. Almerinda Moreira dos Santos Silva e dra Helena Baía
2006
Acta de 11 de Abril
O sr Provedor propõe que seja concedida a Medalha de Ouro ao sr Ministro da Saúde dr António Correia de Campos e ao Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social dr José António Fonseca Vieira da Silva
Acta de 3 de Outubro
O sr Provedor propôs que seja atribuída a Medalha de Ouro ao sr Padre dr Victor Melícias o que foi aprovado por unanimidade
2007
Acta de 1 de Fevereiro
Foi deliberado por unanimidade conceder o título de Irmão Honorário ao sr dr Eduardo Manuel Barroso Garcia da Silva
Acta de 13 de Março
Foi deliberado por unanimidade nomear o sr Padre Apolinário Irmão Honorário
Acta de 29 de Março
Por proposta do sr Provedor foi atribuída a Medalha de Prata aos srs drs António Tavares, A. Maciel Barbosa e Rui Faria e a Medalha de Bronze aos srs drs José Inácio Sousa Lima e Manuela Correia e arqº Soares da Costa, o que foi aprovado por unanimidade
Prof. Humberto Marques Fernandes
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