sábado, 17 de abril de 2010


António dos Santos Graça




Nasceu na Póvoa de Varzim em 16/01/1882 e faleceu em 07/09/1956. 
Jornalista, etnógrafo e político, fundou em 1904 o semanário "O Comércio da Póvoa de Varzim" que dirigiu até 1924, data em que dá início à publicação sob a sua direcção do jornal "O Progresso". Estudioso das tradições populares, usos e costumes da comunidade marítima, fundou em 1937, e dirigiu até à sua morte, o Museu Municipal de Etnografia e História. Foi dirigente político tendo ocupado diversos cargos públicos entre os quais os de deputado e de senador. 
Obras principais: "O Poveiro" (1932), "A Crença do Poveiro nas Almas Penadas" (1934), "A Canção do Berço" (1945), "A Epopeia dos Humildes" (1952).





Museu da Póvoa de Varzim – Centro de Convívio Cultural. Jorge Dias, Santos Graça e o etógrafo brasileiro José Loureiro Fernandes acompanhado da esposa.
Fotógrafo: Loureiro Fernandes (filho), 1952




AVENIDA SANTOS GRAÇA


Por proposta da Comissão Municipal de Toponímia, apresentada e aprovada em sessão camarária de 19 de Janeiro de 1966, foi decidido que «À Avenida que da Praça de Luís de Camões se vai abrir em direcção à Avenida dos Banhos seja dado o nome de Avenida de Santos Graça», homenageando-se assim este ilustre etnógrafo poveiro.
Esta ampla e espaçosa Avenida, com duas faixas de rodagem, foi aberta depois de 1966 e já se encontra em adiantado estado de urbanização, com boas e modernas moradias.
A necessidade da abertura desta via pública já era reconhecida no século passado, pois em sessão camarária de 19 de Fevereiro de 1894, sendo então Presidente o Dr. João Pedro de Sousa Campos, foi apresentado um «Projecto do prolongamento da rua do Norte e d’uma rua que ligue a Estrada Districtal nº 7 [actual Estrada Nacional nº 13, do Porto a Valença] com a rua do Ramalhão e a praia entre o penedo do Cõe e a Gaivoteira». Foi dada aprovação a esta obra, «para se realizar em ocasião oportuna» só surgiu mais de setenta anos depois!
António dos Santos Graça nasceu na Póvoa de Varzim, às 8 horas da noite do dia 16 de Janeiro de 1882 (e não em 15 de Janeiro de 1880, como indica a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira), na rua do Carvalhido (actualmente de Elias Garcia) e faleceu as 14.00 horas de 7 de Setembro de 1956, na sua residência, no nº 5 da rua da Junqueira.
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